Reportagem publicada em 10/09/2008 Última atualização 17/12/2008 14:59 TU
Dezessete esculturas monumentais do artista americano Jeff Koons instaladas no Palácio de Versalhes, nos arredores de Paris, estão sendo consideradas um verdadeiro escândalo pelos defensores desse símbolo arquitetônico da monarquia francesa.
Essa exposição retrospectiva de Jeff Koons, foi inaugurada nesta quarta-feira com um jantar para 150 pessoas no Grand Trianon – nos jardins palacianos -, no qual os convidados foram os colecionadores que emprestaram as obras : o bilionário russo Roman Abramovich, o francês François Pinaud, o alemão Benedikt Taschen e outros. Além de vips como o príncipe Alberto de Mônaco e o costureiro Karl Lagerfeld.
Para os mais conservadores, arte contemporânea no Palácio do Rei Sol já é algo inconcebível. A coisa vira quase uma heresia quando se trata de obras tão kitch quanto às de Jeff Koons: um imenso coração vermelho pendurado na chamada Escada da Rainha, uma gigantesca lagosta no Salão de Marte , um coelho prateado no Salão da Abundância e para completar a série, uma estátua do rei Luíz 14 de aço cromado no Salão Mercúrio. "Uma ofensa à memória da rainha Maria Antonieta", argumentam os manifestantes que protestaram diante das grades do Palácio.
Impassível, Koons que gosta de uma provocação, pois já foi casado com a escandalosa ativista política e atriz pornográfica italiana Cicciolina, parece sorrir com tudo isso e agradece a oportunidade de expor tantas obras de uma só vez em Versalhes.
Aos 53 anos, Koons é um dos artistas mais bem cotados do mundo e seu coração vermelho foi avaliado recentemente em 23,5 milhões de dólares.
Filho de um decorador de interiores da Pensilvânia (EUA), considerado como um dos grandes talentos da pop-art, Koons se especializou na transformação de objetos do cotidiano. A exposição de Jeff Koons no Palácio de Versalhes poderá ser vista até 4 de janeiro de 2009.
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Jornalista da RFI
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