Reportagem publicada em 16/12/2008 Última atualização 16/12/2008 18:14 TU
A explosão de protestos e a onda de violência urbana que sacudiram a Grécia nos últimos dias, causando um prejuízo de 200 milhões de euros ao país, traduz um mal-estar profundo na sociedade grega. A desigualdade aumentou de maneira expressiva nas duas últimas décadas, dando origem a um sentimento de revolta e desilusão entre os estudantes e jovens diplomados, que enfrentam sérias dificuldades de acesso ao mercado de trabalho. A morte do adolescente Alexis Grigoropoulos, de 15 anos, atingido por um tiro disparado por um policial no dia 6 de dezembro, serviu de estopim à crise atual.
Desde que aderiu à Comunidade Européia, em 1981, a Grécia se transformou radicalmente, passando de país em vias de desenvolvimento a líder econômico na região do Mediterrâneo, graças a um aumento da atividade nos setores bancário, do turismo e da marinha mercante. No entanto, as indispensáveis reformas nos setores da educação, saúde e do mercado de trabalho não aconteceram.
Às dificuldades dos jovens gregos para entrar no mundo do trabalho vieram somar-se os baixos salários. Na Grécia atual fala-se da "geração 700 euros" e também da "geração canguru", formada por jovens que não saem de casa antes dos 30 anos por falta de condições financeiras para pagar um aluguel.
Entre brasileiros que vivem há anos na Grécia e gregos que moraram no Brasil, a RFI recolheu depoimentos sobre o estado atual da sociedade grega.
(Reportagem realizada por Lúcia Fróes)
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