Reportagem publicada em 05/03/2009 Última atualização 05/03/2009 17:44 TU
A astrônoma Beatriz Barbuy é a quarta brasileira a receber o prêmio L'Oreal / Unesco.
Foto: Micheline Pelletier
Nesta quinta-feira (5), acontece em Paris, a cerimônia de entrega do Prêmio L’Oreal/Unesco para a Mulher e a Ciência. Este prestigioso prêmio chega à sua 11ª edição e já virou uma referência mundial da contribuição de cientistas de várias partes do mundo para o desenvolvimento de pesquisas nas áreas da biologia, física, genética e das novas tecnologias.
Todo ano um júri internacional escolhe cinco homenageadas. Entre as vencedoras deste ano está a astrônoma brasileira Beatriz Barbuy, professora do Instituto de Astronomia, Geofísica e de Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP). Ela é a quarta cientista brasileira a ser contemplada pela região da América Latina, depois de Mayana Zatz, em 2001, Lúcia Mendonça Previato, em 2004, e Belita Koiller, em 2005.
Ao atribuir o prêmio à astrônoma brasileira, a empresa multinacional francesa L’Oreal e a Unesco, o órgão das Nações Unidas para educação, cultura e ciência, promovem o reconhecimento de uma carreira dedicada ao estudo das estrelas e do universo. A recompensa confere um simbolismo ainda maior porque este é o Ano Internacional da Astronomia.
“Tenho muito orgulho de receber este prêmio. É muito importante também para o Brasil, por todo esforço do país em formar profissionais”, diz Beatriz, que também é vice-presidente da União Astronômica Mundial.
O prêmio vem se juntar a uma galeria de condecorações já conferidas a uma das mais respeitadas profissionais de sua área de pesquisa e atividade. Em 2005, no mesmo ano em que recebeu a Ordem do Mérito Científico do Brasil, Beatriz foi eleita para a Academia Francesa de Ciências. Dois anos depois, em 2007, ela passou a integrar a Academia de Ciências do Mundo em Desenvolvimento.
Críticas
A astrônoma Beatriz Barbuy foi escolhida, segundo palavras do júri internacional do prêmio L’Oreal/Unesco, pela sua contribuição nas pesquisas sobre a composição química de estrelas antigas e suas consequências sobre a formação e a evolução das galáxias.
“Meu trabalho trata da abundância química das estrelas e também em galáxias. É importante para estudar a composição química da nossa galáxia e também do universo”, explica Barbuy. Para a astrônoma brasileira, a conquista do prêmio pode dar maior visibilidade para sua área de atividade e pesquisa que, segundo ela, precisa ainda de muito incentivo no Brasil.
“É preciso melhorar as condições científicas, que ainda não são suficientes para as gerações futuras”, diz ela. "Para os profissionais, falta tempo de observação em telescópios grandes e o Brasil não está presente em grandes projetos da astronomia mundial”, comenta.
Além da astrônoma brasileira Beatriz Barbuy, o prêmio L’Oreal/Unesco para a Mulher a e Ciência, de 100 mil dólares, também é oferecido às cientistas Akiko Kobayashi, do Japão, Tebello Nyokong, da África do Sul, Eugenia Kumacheva, do Canadá, e Athene McDonald, da Grã-Bretanha.
(Reportagem realizada por Elcio Ramalho )
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