Reportagem publicada em 12/02/2010 Última atualização 13/02/2010 15:12 TU
O terremoto que aconteceu no dia 12 de janeiro no Haiti deixou 1,2 milhões de desabrigados.
Foto: Reuters
No dia 12 de janeiro deste ano, um forte terremoto, de magnitude 7,3 na escala Richter, atingia o Haiti. O tremor de terra durou apenas 1 minuto, mas foi suficiente para devastar a capital Porto Príncipe e várias outras cidades do país. De acordo com o último balanço divulgado pelas autoridades haitianas, pelo menos 230 mil pessoas morreram. Para lembrar a catástrofe, estão previstas homenagens perto do palácio presidencial e na praça do Campo de Marte, que foi transformada em campo de refugiados. O número de desabrigados chega a 1,2 milhão de pessoas, segundo as autoridades.
Cerca de um mês depois do terremoto, mais de 1 milhão de pessoas ainda vivem nas ruas ou em abrigos improvisados, mas a vida começa a voltar ao normal. "O haitiano, pelas dificuldades que ele enfrentou ao longo da história, tem uma capacidade de recuperação incrível. Eles superam a dor muito rápido e não demoram muito para voltar à normalidade", explica o coronel Ajax Porto Pinheiro, comandante do Batalhão Brasileiro da Minustah, a Força da ONU para Estabilização do Haiti. Os militares brasileiros que atuam no Haiti montaram uma série de operações de segurança para impedir a reorganização de gangues armadas no país. Eles atuam nas área mais pobres da cidade, como por exemplo, a favela de Cité Soleil, que já foi palco de violentos confrontos entre gangues haitianas.
Entre as ações adotadas, o Brasil levou para o Haiti a ideia do "disque denúncia", disponibilizando um número de telefone para que a população possa, por exemplo, denunciar bandidos que fugiram da prisão. Apesar disso, o telefone é pouco utilizado. O que funciona melhor é o boca a boca diz o coronel Ajax Porto Pinheiro. NO dia 25 de fevereiro, o presidente Lula chega ao país. No mês passado, o Brasil assinou uma medida provisória que libera R$ 375,95 milhões em ajuda ao Haiti.
União Europeia lança operação de ajuda aos desabrigados
A União Europeia lançou, nesta quinta-feira, uma operação de assistência militar para ajudar a encontrar abrigos para as vítimas do terremoto antes do início da estação chuvosa, que pode piorar ainda mais a situação dos desabrigados no Haiti.
A probabilidade de que furacões atinjam a região do Caribe é mais elevada este ano, segundo um grupo de meteorologistas americanos da Universidade do Colorado. As projeções indicam que entre 11 e 16 tempestades tropicais podem se formar na região, originando de 6 a 8 furacões. Os meteorologistas calcularam que existe 49% de chances de que uma tempestade tropical passe a menos de 80 km do Haiti. Nesta quinta-feira, uma chuva forte já atingiu a capital Porto Príncipe, complicando ainda mais a vida dos desabrigados. Nesta sexta-feira, o Programa Mundial de Alimentos da ONU vai reunir em Roma, na Itália, doadores, representantes de governo e outras agências das Nações Unidas, para discutir possíveis formas de garantir a segurança alimentar a longo prazo no Haiti.
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"O haitiano, pelas dificuldades que ele enfrentou ao longo da história, tem uma capacidade de recuperação incrível. Eles superam a dor muito rápido e não demoram muito para voltar à normalidade."
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