Depois de um ano e meio de negociações, os conselhos de administração do grupo franco-belga Suez e da estatal Gaz de France (GDF) aprovaram no domingo a fusão entre as duas empresas. O anúncio oficial da criação do novo grupo, batizado de GDF Suez, foi feito na manhã desta segunda-feira, antes da abertura do pregão da Bolsa de Valores de Paris. O grupo passa a ser o quarto líder mundial no setor de energia, depois do russo Gazprom, da estatal Eletricité de France (EDF) e do alemão EON. A capitalização na Bolsa do novo gigante energético europeu pode chegar a 80 bilhões de euros, mais de 200 bilhões de reais. A fusão privatiza a GDF, mas o Estado mantém uma participação importante no novo grupo e será seu principal acionista com mais de 35 por cento das ações.

GDF Suez deve entrar em atividade em meados de 2008 e terá como presidente Gerard Mestrallet, atualmente à frente da Suez. A esquerda francesa e os sindicatos, contrários à fusão, denunciam a privatização de Gaz de France. Eles temem uma guerra comercial com a Eletricité de France (EDF) e uma possível alta das tarifas do gás. Na França, o mercado de gás e eletricidade foi aberto a outros operadores em 1° de julho deste ano.