Reportagem publicada em 19/03/2010 Última atualização 19/03/2010 11:59 TU
A 15ª Conferência das Partes da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Selvagens Ameaçadas de Extinção (Cites) rejeitou a proposta de proibir o comércio internacional do atum vermelho. Europeus, norte-americanos e organizações ambientalistas defendiam a inscrição do pescado no anexo I da Convenção, reservado às espécies que correm risco iminente de extinção. Segundo especialistas, somente no mar Mediterrâneo as reservas de atum vermelho caíram cerca de 80% nos últimos 40 anos.
Organizações como o Greenpeace ou a WWF afirmam que, caso uma moratória internacional não seja decida rapidamente, o peixe pode desparecer do Mediterrâneo nos próximos 2 anos. A moratória internacional ao comércio do atum era um dos pontos mais polêmicos de discussão nessa conferência da Cites. Mas o lobby do Japão foi mais forte que a pressão dos ambientalistas, que acusam o Japão de ter comprado votos.
O Japão consome cerca de 80% do atum retirado do Mediterrâneo e seria o principal afetado pela proibição da pesca. A espécie presente nos pratos tradicionais japoneses, como o sushi, teve seus estoques em queda nos últimos anos. Tóquio garante que vai trabalhar para a defesa da espécie e restringir a pesca.
A Convenção, que reúne cerca de 190 países e organizações não governamentais, regula o comércio internacional de espécies ameaçadas. Atualmente, 34 mil espécies estão inscritas nos três anexos da Convenção, sendo 28 mil plantas e 5 mil animais. As espécies que mais riscos têm de desaparecer fazem parte do anexo 1, e não podem ser comercializadas internacionalmente. No anexo 2, estão inscritas as espécies submetidas a algum tipo de restrição ou controle no comércio internacional e, finalmente, no anexo 3, estão somente inscritas as espécies com restrições nacionais. A 15ª Conferência das Partes da Cites será realizada até o próximo dia 25 de março, em Doha, no Catar.
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