Reportagem publicada em 16/03/2010 Última atualização 16/03/2010 13:51 TU
Após primeiro turno das regionais, partidos de esquerda e Verdes se unem na França para derrotar direita de Sarkozy.
Foto : Reuters
Os partidos de esquerda da França confirmaram, nesta terça-feira, que vão formar coalizão em quase toda a França para competir com a direita do presidente Nicolas Sarkozy no segundo turno das eleições regionais do próximo domingo.
Os partidos Socialista, Ecologista e Esquerda Radical chegaram a um acordo sobre a lista de união em 19 das 22 regiões metropolitanas, que não incluem os departamentos ultramarinos. Somente não aderiram os socialistas da Bretanha e a esquerda radical de Limousin, no centro, e Nord-Pas-de-Calais, no norte do país. Uma exceção que não favorece a direita, já que o Partido Socialista venceu com larga margem nessas três regiões.
Esse novo contexto é mais do que preocupante para a o partido UMP, do governo, que, além desta estratégica aliança, também terá que enfrentar a ascensão da extrema-direita. O Partido Frente Nacional, de Jean Marie Le Pen, conseguiu mais 10% dos votos em 12 regiões do país.
Sarkozy já ordenou a seu governo de tentar reunir o maior número de eleitores que se abstiveram no último domingo, para tentar evitar uma derrota dramática. A tábua de salvação pode ser uma vitória nas regiões da Alsácia e Córsega, as únicas onde a direita lidera atualmente.
Governo
Mesmo após a derrota do primeiro turno, o presidente francês mantém seu discurso de que os resultados das eleições regionais não vão ter consequências na política nacional. Sarkozy também rejeita qualquer ideia de que tenha sido um voto de sanção ao seu governo.
Lembrou até que o presidente americano Barack Obama enfrentou um revés nas urnas. O que não impediu que ele convocasse todo sua equipe a portas fechadas no Palácio do Eliseu para tirar as lições do fracasso e exigir mobilização pra evitar uma catástrofe ainda maior no segundo turno, no próximo domingo.
A única conclusão tirada da eleição é a de que Sarkozy quer mudar o sistema de votação para eleger os futuros conselheiros regionais. Ao invés de dois turnos, apenas um, para facilitar a escolha do eleitorado. Mais urgente do que passar essa reforma é minimizar o impacto dessas eleições.
Para isso ele fixou uma meta: dobrar o número de regiões nas mãos dos conservadores. Atualmente a maioria de direita, unida em torno de seu partido, o UMP, controla apenas a Alsácia e a Córsega. Diante dessa tarefa considerada quase impossível, seus colaboradores acreditam que qualquer avanço, mesmo limitado, fará esquecer o fracasso do primeiro turno.
Para isso, membros do primeiro escalão do governo foram convocados a uma força-tarefa e já estão em campo com suas tropas para tentar convencer os milhões de eleitores que se abstiveram. O problema, questiona um dos responsáveis do partido governista, é que mobilizar o eleitorado em apenas uma semana é difiícil. E pior: pode despertar os eleitores de esquerda e ampliar a vantagem dos adversários socialistas.
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