Reportagem publicada em 17/03/2010 Última atualização 19/03/2010 11:33 TU
Em sua primeira visita à Ramallah, na Cisjordânia, Lula foi recebido com festa. Cartazes e bandeiras coloriram a inaguração da rua Brasil em frente à sede da Autoridade Palestina. Em seguida, o presidente se reuniu com o dirigente palestino Mahmoud Abbas e o primeiro ministro Sallam Fayad. Depois do encontro, durante uma entrevista coletiva, o presidente brasileiro disse que o conflito entre israelenses e palestinos "precisa de uma voz equilibrada nas negociações", lembrando, mais uma vez, que o Brasil pode ser um mediador importante no conflito. "Sem unidade, so há perdedores. O Brasil fará o possível para trazer a paz para a região", disse. "O Lula é a pessoa mais otimista do mundo e os palestinos têm que estar coesos em torno de um Estado." O presidente também lembrou que árabes e judeus convivem em harmonia no Brasil, e o país nunca esteve tão empenhado em promover a paz.
O premiê Salam Fayad agradeceu o apoio do Brasil aos palestinos e prometeu a inauguração de uma rua em homenagem ao Brasil em Jerusalém, no futuro estado da Palestina. Já Abbas salientou que a visita do presidente Lula é histórica. “Este é o nosso segundo encontro em 5 meses e mostra a proximidade com o Brasil num momento político dificil. O lado israelense apresenta um desafio ao processo de paz com o a anúncio de novos assentamentos."
Abbas voltou a dizer que os palestinos concordaram com as negociações indiretas, mas só aceitam voltas à mesa de negociações se Israel interromper a construção dos assentamentos. O primeiro ministro Benjamin Netanyahu, entretanto, já afirmou que as obras em Jerusalém vão continuar. Durante a visita do vice presidente americano Joe Biden, o governo israelense anunciou que mais 1600 casas serão construídas no setor oriental da capital, desencadeando umas das piores crises diplomáticas entre os dois países nas últimas décadas.
Para Lula, a crise entre os Estados Unidos e Israel pode ser positiva. "De vez em quando acontecem coisas impossíveis. Os Estados Unidos terem divergência com Israel parecia impossível, e aconteceu. Talvez essa fosse a coisa mágica que faltava para completar o acordo", disse o presidente. Questionado se o Brasil estaria pronto a dialogar com o grupo Hamas, Lula disse que está disposto a conversar "com quem quer que seja", e com todos que estejam envolvidos no processo. No encontro, Lula e Abbas também assinaram acordos bilaterais nas áreas de saúde, esporte, cultura e turismo.
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