Reportagem publicada em 19/03/2010 Última atualização 19/03/2010 11:31 TU
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e o ministro das Relações Exteriores, Sergueï Lavrov.
Foto: Reuters
O quarteto de mediadores para o Oriente Médio, formado por representantes de Estados Unidos, Rússia, União Europeia e Nações Unidas, reuniu-se nesta sexta-feira, em Moscou, para tentar relançar as negociações de paz entre israelenses e palestinos. O grupo intensificou a pressão sobre o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exigindo o "congelamento" imediato da colonização judaica na Cisjordania e em Jerusalém Oriental. O encontro contou com a participação da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, e o representante especial do quarteto, o ex-premiê britânico Tony Blair.
Em um comunicado conjunto, lido por Ban Ki Moon, o quarteto se declara profundamente preocupado com a situação humanitária e dos direitos humanos na Faixa de Gaza. O texto incita o governo israelense a "congelar" todas as atividades de colonização, inclusive as destinadas ao crescimento demográfico natural dos assentamentos judaicos nos territórios ocupados. O quarteto pede para Israel demolir todos os postos de controle construídos desde 2001, que infernizam a vida dos palestinos, e exige a suspensão das expulsões de palestinos de Jerusalém Oriental.
Autoridade Palestina aprova declaração do quarteto
O negociador da Autoridade Palestina Saeb Erakat ficou satisfeito com o comunicado do quarteto e disse que agora é preciso ver "o que vai acontecer na prática". O quarteto espera concluir um acordo de paz no prazo de 24 meses, conforme propôs recentemente o enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell. O texto final de solução do conflito deve "pôr fim à ocupação iniciada em 1967" e oficializar a "criação de um estado palestino independente, democrático e viável, ao lado de Israel".
Após quinze meses de impasse, as negociações entre Estados Unidos e Israel estavam para ser retomadas na semana passada, sob a liderança dos Estados Unidos, quando Israel anunciou desastradamente a construção de 1.600 novos alojamentos judaicos em Jerusalém Oriental, abrindo uma crise diplomática com os Estados Unidos e provocando revolta entre os palestinos.
Ontem, dois foguetes disparados da Faixa de Gaza causaram a morte de uma pessoa em Israel, que respondeu na madrugada desta sexta-feira com uma ofensiva aérea contra túneis de contrabando de armas. Dois civis teriam ficado feridos.
Israel tenta acalmar os ânimos
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que vai "propor medidas de confiança" para restabelecer as negociações visando um acordo de paz com os palestinos. Ele conversou com Hillary Clinton por telefone, na noite dessa quinta-feira, mas não revelou detalhes sobre as medidas. O enviado especial dos Estados Unidos, George Mitchell, vai voltar à região neste fim de semana. Mitchell terá encontros com Netanyahu e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abas.
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