Reportagem publicada em 17/03/2010 Última atualização 17/03/2010 11:27 TU
Em Bangoc, cerca de 10 mil integrantes do movimento camisas vermelhas organizaram uma manifestação chocante para exigir a saída do primeiro-ministro tailandês Abhisit Vejjajiva. Cerca de 300 litros de sangue foram colocados na porta ou atirados em sacos plásticos na residência do premiê. O sangue foi coletado junto aos manifestantes. Os responsáveis pela segurança de Vijjaviva não conseguiram conter os milhares de manifestantes que, em bloco, chegaram ao local. Policiais e militares, porém, não reagiram e não houve confrontos nem violência.
A ação de hoje marca o quarto dia de mobilização dos partidários do ex-primeiro-ministro deposto, Thaksin Shinawatra, deposto por um golpe de Estado em 2006 e exilado no exterior, de onde articula as operações de seus milhares de simpatizantes, que exigem eleições antecipadas desde o golpe de Estado. Da casa do primeiro-ministro, os "camisas vermelhas" se dirigiram à Embaixada dos Estados Unidos, depois de ouvirem rumores de que os serviços secretos americanos teriam acusado o premiê deposto de fomentar as violências no país.
O quarto dia de protestos não foi marcado apenas pelo uso de sangue, criticado pelo proprio Shinawatra. O movimento começa a dar sinais claros de enfraquecimento. Dos cem mil que saíram às ruas no domingo, menos de 50 mil participaram de ações nesta terça-feira à noite. O atual chefe de governo, porém, não já disse que vai continuar no governo e conta com o apoio das Forças Armadas do país. Em abril do ano passado, os protestos dos opositores deixaram dois mortos e 102 feridos. Foi declarado estado de exceção em Bangcoc e cinco províncias da Tailândia.
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