Reportagem publicada em 08/05/2008 Última atualização 12/05/2008 11:44 TU
Os líderes estudantis Zé Dirceu e Luís Travassos, em manifestação na Praça da República, em São Paulo, em 1968.
Foto: arquivo pessoal de José Dirceu
José Dirceu foi líder estudantil entre 1965 e 1968, ano em que foi preso em Ibiúna, no interior de São Paulo, durante uma tentativa de realização do XXX Congresso da UNE. Em setembro de 1969, com mais quatorze presos políticos, deportados do Brasil em troca da libertação do embaixador norte-americano Charles Elbrick, Dirceu foi enviado para o México, a bordo do avião do exército Hércules 56.
Desembarque do Hércules da FAB, no aeroporto da Cidade do México, em setembro de 69, junto com outros companheiros, entre eles, Vladimir Palmeira.
Foto: arquivo pessoal
Posteriormente, Zé Dirceu exilou-se em Cuba. Voltou clandestinamente ao Brasil em 1971, viveu um período em São Paulo e em algumas cidades do nordeste e, quando teve novamente sua segurança ameaçada, retornou a Cuba. Em 1975 retornou ao Brasil, novamente de maneira clandestina, em Cruzeiro do Oeste, no interior do Paraná.
Com a abertura, em 1980, ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores, do qual foi presidente nacional durante a década de 1990. Exerceu vários mandatos: de 1987 a 1990 foi deputado estadual por São Paulo, e, em 1991, 1998 e 2002 elegeu-se deputado federal. Em janeiro de 2003, após tomar posse na Câmara dos Deputados, licenciou-se para assumir o cargo de Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República. Ele deixou o cargo em junho de 2005, acusado de ter conhecimento do esquema do escândalo do mensalão. Dirceu teve seu mandato de deputado federal cassado no dia 1º de dezembro de 2005, tornando-se inelegível até 2015.
Em entrevista exclusiva ao repórter Mário Câmera, José Dirceu fala sobre o movimento estudantil no Brasil – reivindicações e repercussões.
AUDIO
Ex-líder estudantil, ex-ministro e ex-deputado
"Ao contrário de Cohn-Bendit e do Gabeira, acho necessário resgatar e reverenciar aqueles que se levantaram em 68, que lutaram pela liberdade e pela democracia; esquecer 68 é o mesmo que esquecer a resistência ao nazi-fascismo, ou esquecer as revoluções coloniais, a francesa e outras."
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