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Crise econômica

Governo britânico anuncia nova ajuda ao setor financeiro

Reportagem publicada em 19/01/2009 Última atualização 20/01/2009 15:15 TU

O ministro de Finanças britânico, Alistair Darling, disse que o plano foi desenhado para impulsionar o fluxo de crédito e evitar que a recessão se prolongue.  Foto: Reuters

O ministro de Finanças britânico, Alistair Darling, disse que o plano foi desenhado para impulsionar o fluxo de crédito e evitar que a recessão se prolongue.
Foto: Reuters


Ao contrário do plano anunciado há tres meses, o novo pacote não vair injetar diretamente dinheiro na economia. A prioridade do governo britânico, agora, é relançar o crédito a particulares e empresas para garantir que os bancos voltem a emprestar dinheiro. Para isso, o governo propõe desenvolver um sistema, com fundos públicos, que vai garantir os ativos de risco dos bancos. Uma das princpais medidas será a criação de uma espécie de fundo público administrado pelo Banco da Inglaterra, de cerca de 55 bilhões de euros, destinado a compra de ativos de melhor qualidade, para ajudar a melhorar a liquidez das instituições bancárias. Outra medida prevista no pacote é o aumento da participação do Estado no Royal Bank of Scotland, que passa de 58% a quase 70%.

Com o novo pacote de resgate, Londres quer tranquilizar os investidores nesse momento em que os principais bancos britânicos anunciam perdas recordes. O sistema de garantia de empréstimos interbancários também vai ser extendido. O Royal Bank of Scotland, o maior banco da Escócia anunciou, nesta segunda-feira, uma estimativa de prejuízo, para o exercício de 2008, de cerca de 8 bilhões de euros. O escocês HBOS, que há menos de um mês confirmou a fusão com o Loyds TSB, também deve anunciar perdas colossais. Em entrevista à imprensa britânica, no sábado, o primeiro-ministro Gordon Brown pediu que os bancos não escondessem informações sobre os ativos de risco que, com a crise dos subprimes, se tornou uma verdadeira nebulosa no sistema financeiro britânico. Os analistas avaliam em 220 bilhões de euros o montante total dos ativos de risco detidos pelos bancos.

Também nesta segunda-feira, o ministério britânico das Finanças confirmou que os índices sobre o crescimento econômico do último trimestre de 2008, que serão publicados na próxima sexta-feira, indicam que economia entrou em recessão.