Reportagem publicada em 19/02/2009 Última atualização 20/02/2009 15:53 TU
Agora é oficial - a polícia de Zurique publicou um comunicado afirmando que Paula Oliveira admitiu que não houve ataque e que ela própria infligiu ferimentos em seu corpo.
O comunicado explica também que a polícia agora vai abrir um inquérito para estabelecer os motivos que levaram a jurista brasileira de 26 anos a inventar essa história e se há outras pessoas envolvidas em sua mentira.
O jornal suíço Tages Anzeiger afirma que Paula inventou a gravidez para forçar o noivo a casar com ela e assim conseguir o visto de permanência na Suíça. Segundo o jornal, o visto de Paula termina no final deste ano.
Na semana que vem, a brasileira deve ser ouvida pelo promotor público responsável pelo caso. Paula foi indiciada na quarta-feira por "suspeita de induzir as autoridades ao erro" e teve seu passaporte retido. Esse indiciamento foi decidido depois que ficou provado que a jovem não estava grávida no momento da suposta agressão.
Paula Oliveira havia afirmado ter sido agredida em uma estação de trem por três skinheads no último dia nove, que a teriam espancado e gravado a sigla de um partido de extrema-direita com canivetes em sua barriga e pernas. Ela dizia estar grávida de gêmeos e ter abortado num banheiro público.
O caso da brasileira agora levanta questoes também sobre o comportamento da imprensa - depois que o pai de Paula divulgou fotos e o relato da agressão no Brasil, a mídia tomou as dores da jovem e acusou a Suíça de racismo antes mesmo de investigar o caso e sem aguardar o início do inquérito.
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