Reportagem publicada em 03/06/2009 Última atualização 03/06/2009 16:21 TU
As mensagens enviadas pelo AirBus A330 desaparecido no oceano Atlântico assinalaram congelamento das sondas do aparelho e uma despressurização. É o que revela, nesta quarta-feira, a revista Le Point em sua página na internet. A revista decodificou a mensagem enviada pela aeronave. De acordo com esses códigos, detectou-se gelo nas sondas externas do aparelho. A revista questiona se esse congelamento estaria ligado a uma pane do sistema elétrico, como foi assinalado na última mensagem automática transmitida pela aeronave.
O congelamento dessas sondas tornam inexatas as informações que elas fornecem ao sistema principal do avião: a velocidade e a altitude do aparelho são deformadas, obrigando o funcionamento do avião a partir do sistema de emergência. E, nessas circunstâncias, o comando automático ou manual se torna muito difícil. Um acidente provocado por essa pane ocorreu em 27 de novembro passado, em Perpignan, na França. A outra informação difundida pela mensagem é que uma despressurização foi observada a bordo do AirBus 330.
A questão que o Le Point levanta é se esse fenômeno teria causado a desintegração do aparelho. Pois a simples ruptura de uma das janelas seria facilmente administrada, já que os passageiros teriam tempo para colocarem as máscaras de oxigênio. O vespertino Le Monde também fala em sua edição de hoje em despressurização. Mesmo alegando que essa pode não ter sido a causa principal, o jornal procurou um especialista para explicar os efeitos da despressurização sobre as pessoas a bordo.
Segundo o professor Philippe Juvin, chefe do serviço de urgência do hospital Beaujon, quanto maior a altitude, menor a quantidade de oxigênio, logo uma despressurização brutal causa perda de consciência, seguida de morte. Para o médico, a falta de oxigênio resultada pela despressurização tornou as pessoas inconscientes. E, portanto, elas não se deram conta de qualquer problema ocorrido em seguida.
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