Reportagem publicada em 07/06/2009 Última atualização 08/06/2009 11:14 TU
Roger Federer comemora sua vitória em Roland Garros, a primeira da carreira no saibro parisiense e o último Grand Slam que faltava na sua carreira.
Foto: Reuters
Foi uma longa espera, mas Roger Federer finalmente ergueu o único troféu de Grande Slam que faltava na sua carreira: o do Aberto da França conquistado neste domingo na quadra central de Roland Garros com a vitória na final sobre o sueco Robin Soderling por 3 sets a 0.
Foi um dia histórico para o suíço que completou o chamado o career slam, que reúne os quatro principais torneios de Grande Slam. Federer é pentacampeão de Wimbledon (2003-2007) e do US Open (2004-2008) e tri-campeão do Australian Open (2004, 2006 e 2007).
O suíço entra no seleto grupo de tenistas composto até então por Andre Agassi, Fred Perry, Rod Laver e Roy Emerson que conquistaram os 4 grandes torneios do circuito profissional de tênis, mesmo em temporadas diferentes.
"É um dia mágico para mim", disse o tenista logo depois de ter recebido das mãos do americano Agassi seu 14º troféu de Grand Slam.
Ovacionado de pé pelo público durante vários minutos, Roger Federer disse ter tentado corresponder à grande pressão que sentiu sobre os ombros durante o torneio do saibro parisiense.
Vitória fácil
Na quadra central de Roland Garros, o suíço não se deixou surpreender pelo sueco Robin Soderling que causou sensação no torneio ao eliminar o favorito Rafael Nadal ainda nas oitavas-de-final.
Mas o suíço fez prevalecer o retrospecto nos confrontos diretos: ele venceu as 9 partidas contra o Soderling, sendo a última delas este ano.
Apoiado pelas arquibancadas e com a experiência de sua quarta final consecutiva, Federer aproveitou o nervosismo do adversário e quebrou dois serviços do sueco para fechar em 6/1.
Soderling esboçou uma reação no segundo set que chegou a ser interrompido com a entrada de um torcedor espanhol em quadra, que tentou abraçar e colocar um capuz na cabeça de Federer quando ele estava na frente com 2/1. A disputa foi até o tie brake, vencido por Federer com 7-1.
O sueco Robin Soderling disputou sua primeira final de um Grande Slam e subiu de 25° para 12° no ranking mundial.
Foto: Reuters
Nem a chuva fina que caiu durante boa parte da partida não atrapalhou o embalo do suíço, que no set seguinte, fechou com 6/4.
Após a devolução errada de Soderling na rede, que decretou o final da partida, Roger Federer ajoelhou-se na quadra, levou as mãos ao rosto e pode, enfim, sentir a emoção de conquistar o título do saibro parisiense, perdido nas últimas três vezes nos confrontos para Nadal.
Na cerimônia de entrega da premiação, lágrimas encheram os olhos de um emocionado Federer durante a execução do hino nacional da Suíça.
"É uma grande emoção estar entre os grandes jogadres de tênis de todos os tempos. É um privilégio e um orgulho", disse Federer durante a entrevista coletiva. "Espero sempre estar bem fisicamente proque motivação não é problema para mim", afirmou o tenista de 27 anos que se diz preparado para jogar muitos anos ainda.
Além de entrar novamente para a história do tênis neste domingo, o atual número 2 do mundo faturou um prêmio no valor de 1,060 milhão de euros e conquista 2 mil pontos no ranking. Com a campanha em Roland Garros, que o levou à sua primeira final de um Grande Slam, o sueco Soderling salta do 25º para o 12º lugar na ranking dos melhores tenistas da atualidade a ser publicado nesta segunda-feira.
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