Airbus/Acidente

Chanceleres discutem colaboração em investigações

Reportagem publicada em 11/06/2009 Última atualização 12/06/2009  13:00 TU

 

Os chanceleres francês, Bernard Kouchner (à esq.), e brasileiro, Celso Amorim, se encontraram recentemente no Rio do Janeiro na cerimônia de homenagem às vítimas do acidente.
Foto: Reuters

O ministro Celso Amorim chegou nesta quinta-feira a Paris para uma visita oficial de dois dias. Amorim terá uma reunião no final da tarde com o chanceler francês, Bernard Kouchner, seguida de um jantar de trabalho.

Kouchner e Amorim vão conversar sobre a participação do Brasil nas investigações sobre o acidente com o voo 447 da Air France. Desde a queda do Airbus, Brasil e França trabalham em estreita e afinada colaboração para esclarecer as causas do acidente.

Os dois chanceleres também vão discutir a implementação do acordo estratégico tecnológico e militar firmado entre o Brasil e a França, em dezembro passado.

No plano da diplomacia internacional, Amorim e Kouchner vão tratar do apoio da França à entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, assunto que deve voltar à pauta na segunda-feira, em um almoço entre o presidente Lula e Nicolas Sarkozy à margem da Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra.

Amanhã, o ministro Celso Amorim será o convidado de honra de um seminário da Escola de Estudos Politicos de Paris, a renomada Sciences Po. O seminário celebra os dez anos de criação da cátedra Mercosul no instituto. O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, também participa do painel na Sciences Po, que deve apontar perspectivas para um novo acordo comercial entre o Mercosul e a União Européia, há anos em ponto morto.

Rodada Doha

Antes do seminário, Lamy e Amorim farão um balanço sobre a rodada Doha na OMC. O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio disse, no início da semana, que os novos representantes comerciais da India e dos Estados Unidos estão de acordo para uma retomada das negociações, rompidas em julho do ano passado, por falta de consenso sobre o mecanismo de salvaguardas especiais para proteger os produtos agrícolas dos países pobres.

Amorim encerra sua agenda diplomática em Paris com um almoço de trabalho no Palácio do Eliseu com o assessor diplomático de Nicolas Sarkozy, Jean-David Levitte.