Reportagem publicada em 21/08/2009 Última atualização 22/08/2009 15:38 TU
O medo da gripe A vai marcar o período do Ramadã deste ano. Para a maioria dos países de tradição muçulmana, a data oficial da abertura do jejum anual é neste sábado. O Conselho francês do Culto muçulmano recomenda aos franceses que não participem da peregrinação religiosa a Meca neste ano, durante o Ramadã. Autoridades egípcias e tunisianas também fizeram a recomendação. A precaução é justificada.
A Árabia Saudita acaba de registrar a décima sexta vítima da gripe suína e mais de 700 pessoas estão infectadas pelo vírus H1N1. Apesar da recomendação, mais de mil muçulmanos franceses devem ir à Meca, o que representa uma queda em relação aos anos anteriores. Se a gripe suína interfere na peregrinação, ela não modifica, pelo menos por enquanto, os hábitos do ramadan na França.
A partir de sábado, os muçulmanos franceses, que representam a segunda religião do país, iniciam um mês de jejum para comemorar a revelação do Corão ao profeta Maomé. 70% dos cinco milhões dos muçulmanos do país afirmam respeitar a tradição, um número estável em relação a 2001, mas em alta de 60 por cento, desde 1989.
Durante todo o dia, do nascer até o pôr do sol, eles não podem beber nem comer. Apenas crianças, velhos, mulheres grávidas e doentes são dispensados do jejum. Este ano, o ramadã, que é definido em relação ao calendário lunar, acontece em pleno verão e deve ser particularmente difícil para os fieis por causa dos dias longos e do calor intenso.
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