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Muro de Berlim/Moçambique

Trabalhadores africanos lutam por direitos adquiridos na ex-RDA

Reportagem publicada em 05/11/2009 Última atualização 06/11/2009  10:42 TU

A divisão de Berlim, simbolizada pelo muro, teve consequências planetárias com a oposição dos blocos, de um lado, do Pacto de Varsóvia, próximo do regime então soviético, e, do outro, da Organização do Tratado do Atlântico Norte, englobando os regimes ocidentais, incluindo os Estados Unidos.

A África não escapou a esta lógica: Angola e Moçambique foram dois países em que as guerras civis que se seguiram à independência, obtida após uma luta de libertação, foram marcadas pelo envolvimento de potências externas a apoiar um ou outro dos movimentos em conflito.

Para além disso, a luta de influência dos dois blocos levou a que fossem propostas bolsas de estudo a cidadãos dos recém-independentes países africanos ou mesmo, oportunidades de trabalho.

Este foi o caso dos madjermanes, nome por que ficaram conhecidos muitos trabalhadores moçambicanos que outrora trabalharam na antiga República Democrática Alemã, também conhecida pela sigla RDA.

Um caso que continua a marcar a atualidade já que estes ex-trabalhadores moçambicanos na RDA continuam a batalhar para que lhes sejam pagos os direitos sociais que acumularam na altura.

Carlos Antero, antigo trabalhador moçambicano na então RDA, que vive agora na Cidade da Beira, lembrou a percepção dos moradores com a queda do muro que dividia uma mesma cidade e um mesmo país: “quando cai o Muro é que se nota como nós, na RDA, estávamos em um país atrasado”, diz.

(Reportagem de Miguel Martins, enviado especial a Moçambique)

ÁUDIO

Carlos Antero, ex-trabalhador moçambicano na antiga RDA

05/11/2009