Busca

/ languages

Choisir langue
 

Haiti/Terremoto

Comunidade haitiana nos Estados Unidos não pode enviar dinheiro aos parentes

Reportagem publicada em 19/01/2010 Última atualização 22/01/2010  11:30 TU

Barack Obama, se reuniu neste sábado com os ex-presidentes Bill Clinton e George W. Bush, em Washignton, para falar sobre o Haiti.  Foto : Reuters

Barack Obama, se reuniu neste sábado com os ex-presidentes Bill Clinton e George W. Bush, em Washignton, para falar sobre o Haiti.
Foto : Reuters

Cerca de 7,7% da população haitiana vivem no exterior. Depois do terremoto, os imigrantes haitianos sofrem de longe a falta de notícias dos parentes. Sem informações suficientes sobre familiares, não conseguem saber se eles sobreviveram ou não à catástrofe. Essa é agonia de milhares de pessoas que vivem nos Estados Unidos, destino principal dos imigrantes haitianos. Segundo o Escritório do Censo Americano, em 2008, 532 mil haitianos moravam no país.

De acordo com estimativas, o número pode chegar a 850 mil, incluindo os clandestinos. Quase metade mora em Nova York, cidade que reúne a maior população de haitianos depois de Porto Príncipe. Juntos, as remessas de dinheiro enviadas ao país representam 20% do PIB (Produto Interno Bruto). Com a tragédia, o envio foi interrompido, segundo a rádio haitiana Soleil, de Nova York, hoje o principal meio de comunicação entre os imigrantes haitianos e os sobreviventes do terremoto.

Normalmente, os imigrantes usam a Western Union ou outras instituições financeiras para a transferência de dinheiro, mas por causa do terremoto muitos prédios caíram, os funcionários dessas instituições não estão trabalhando. Há problemas de conexão das agências dos Estados Unidos com as Agências do Haiti e as pessoas não conseguem transferir dinheiro.

As soluções são provisórias. Quem conhece alguém indo para o Haiti através da República Dominicana, entrega o dinheiro para que ele seja dado aos familiares. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento, o PNUD, cada imigrante manda para familiares no Haiti, em média, US$ 1,6 mil. Uma fortuna num país em que a renda per capita anual é de US$ 699 e 72% da população sobrevive com menos de US$ 2 por dia.

ÁUDIO

Cleide Klock, correspondente da RFI em Nova York

"Desde o terremoto, os haitianos sofrem com a falta de notícias dos parentes."

19/01/2010