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Moda/Alexander McQueen

Estilista brasileiro poderia substituir McQueen, diz historiadora

Reportagem publicada em 26/02/2010 Última atualização 26/02/2010  16:13 TU

O universo de Alexander McQueen (na foto), mórbido e extravagante, poderia se identificar com o do brasileiro Alexandre Herchcovitch, diz Cynthia Garcia.

O universo de Alexander McQueen (na foto), mórbido e extravagante, poderia se identificar com o do brasileiro Alexandre Herchcovitch, diz Cynthia Garcia.

Depois da morte de um dos mais talentosos e excêntricos estilistas do mundo, o britânico Alexander McQueen, a pergunta que circula em todos os meios da moda é uma só: Qual será o futuro da sua grife?

A marca Alexander McQueen foi criada em 2001 e é filial do Grupo Gucci que, por sua vez, também é uma filial do grupo PPR, presidido pelo milionário francês François Henri-Pinault. A marca tornou-se rentável a partir de 2007 e manteve uma estrutura pequena, com apenas 11 boutiques e 180 funcionarios.

O grupo PPR anunciou que a data do aguardado desfile da nova coleção de McQueen, marcado para o dia 9 de março próximo, em Londres, será mantido. Uma apresentação histórica, com os últimos modelos desenhados pelo próprio Alexander.

Mas, e depois? Quem poderá substituir este bad boy genial, com um universo tão estranho, tão particular e com um talento fora do comum? 

Para a historiadora e editora de moda Cynthia Garcia, o problema não é o desfile de 9 de março, que deverá ter um sucesso enorme, inclusive de vendas. O problema é o desfile seguinte e a escolha de um substituto à altura de Alexander McQueen. "Um criador, para 'calçar o sapato' do McQueen, precisa ter características parecidas com ele. Tem que ser dark, não ter medo de projetar seus pesadelos nas coleções, gostar da cultura anglossaxônica, do frio, tem até que ser meio pálido...", reflete Cynthia, para quem, no Brasil, existe um estilista que corresponde a esse perfil: o paulista Alexandre Herchcovitch. "Ele tem um estilo próprio, mas que esboça o caminho estético de McQueen. Ele sabe desenhar o dark, fazer transformações e é muito rápido, uma das características de McQueen, que resolvia tudo num ímpeto, mas um ímpeto bem pensado, assim como o Alexandre. Além disso, Herchcovitch sempre teve uma enorme admiração por McQueen e, em diversas coleções, usou referências do britânico", explica Cynthia.

O estilista Alexander McQueen se suicidou no dia 11 de fevereiro, em Londres.

Áudio

Cynthia Garcia, historiadora e editora de moda

26/02/2010