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Palma de Ouro/Competição

Filmes sobre jovens chineses e britânicos abrem disputa

Reportagem publicada em 14/05/2009 Última atualização 15/05/2009 12:03 TU

A diretora britânica, Andrea Arnold (2ª da dir. para esq.), durante entrevista coletiva em Cannes sobre seu filme "Fish Tank". Foto: Reuters

A diretora britânica, Andrea Arnold (2ª da dir. para esq.), durante entrevista coletiva em Cannes sobre seu filme "Fish Tank".
Foto: Reuters

As coisas sérias começaram em Cannes. O destaque desta quinta-feira é para a exibição dos dois primeiros filmes a iniciar a disputa da 62° Palma de Ouro:  Fish Tank e Spring Fever.

Fish Tank, filme da diretora britânica Andrea Arnold, aborda um conto moderno sobre uma adolescente de 15 anos, rejeitada pelos amigos, expulsa da escola e que ainda por cima acumula problemas com sua mãe.

A diretora é uma das três mulheres em competição oficial, juntamente com a já premiada cineasta autraliana Jane Campion (Palma de Ouro, em 1993), e a espanhola Isabel Coixet. Vale lembrar que a britânica Andrea Arnold ganhou o prêmio do júri na Riviera Francesa em 2006 com “Red Road”.

Pequim censurou

O diretor chinês, Lou Ye (ao centro), com os protagonistas do filme "Spring Fever".  Foto: Reuters

O diretor chinês, Lou Ye (ao centro), com os protagonistas do filme "Spring Fever".
Foto: Reuters

A juventude também é protagonista no filme Spring Fever, do chinês Lou Ye. Mas uma juventude chegando à fase adulta, que erra nas ruas da cidade de Nankin, solitária e às voltas com telefones celulares.

Os protagonistas buscam no sexo o aconchego para o vazio urbano. Apesar das cenas tórridas entre homossexuais, o filme de Lou Ye nao é chocante, mas melancólico.

As autoridades chinesas tentaram de tudo para impedir a chegada do filme à Cannes mas os organizadores do festival conseguiram uma cópia, consagrando à Spring Fever a exibição de abertura na competição oficial.

Por causa do filme, o cinesta Lou Ye foi proibido de filmar no seu país até 2011.

Spring Fever é também mais uma prova da influência do cinema europeu na Ásia. Muitas das cenas do filme lembram imagens da famosa Nouvelle Vague francesa dos anos 60.

(Reportagem de Monique Matni, enviada especial à Cannes)