Reportagem publicada em 30/08/2007 Última atualização 30/08/2007 11:04 TU
Um tenista ouvido pelo jornal esportivo francês L’Equipe, confessou ter recebido proposta de 50 mil dólares para perder uma partida.
A revelação de casos de corrupção na elite do tênis mundial começa a ser admitida pelos tenistas, preocupados com a extensão do problema e com a reputação do esporte.
A compra de resultados de jogos ganhou visibilidade recentemente quando a ATP, a Associação dos Tenistas Profissionais, decidiu investigar o russo Nikolay Davydenko, número 4 do ranking. Davydenko abandonou uma partida contra o argentino Martin Vassallo-Arguello, muito inferior no ranking, quando disputava o torneio polonês de Sopot, no início do mês de agosto.
Na partida, válida pelas oitavas-de-final do torneio, onde era cabeça-de-chave número 1, o russo tinha vencido o primeiro set e caiu de rendimento até abandonar a partida por contusão. Por coincidência, torcedores tinham apostado 5 milhões de euros na vitória do argentino em um site de apostas na internet. Desconfiado da manipulação do resultado, o site suspendeu o pagamento do prêmio e a ATP abriu uma investigação para apurar as condições do abandono de Davydenko.
O tenista russo nega ter recebido dinheiro para deixar a quadra. Mas o fenômeno de resultados comprados para alimentar a especulação e o enriquecimento de máfias que atuam nos sites de apostas na internet ganhou novas testemunhas. O tenista americano Paul Goldstein, 97 no ranking da ATP, reconheceu nesta terça-feira, 28 de agosto, ter sido sondado para perder uma partida em troca de dinheiro.
Sob anonimato, dois tenistas de elite disseram ao jornal esportivo francês L'Equipe que receberam propostas de corrupção. Um deles conta que recusou uma oferta de 50 mil dólares para perder uma partida, valor muito superior ao que ele receberia se chegasse à semifinal do torneio. Os tenistas entrevistados pelo L'Equipe afirmam que mesmo sendo proibidos de fazer apostas, 60 a 80 por cento dos treinadores devem apostar na internet.
ÁUDIO
Jornalista da RFI
“ L'Equipe diz que os Challengers no Brasil são frequentemente atingidos pela corrupção. A compra de tenistas tomou uma proporção tão grande que a associação americana de tênis aplica uma política de tolerância zero. Se for descoberta alguma infração, tenistas e técnicos receberão punição disciplinar A associação até abriu uma linha telefônica para denúncias anônimas.”
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