O governador do New Jersey foi o primeiro a abolir a pena de morte nos Estados Unidos, em dezembro, mas poucos estados americanos devem fazer o mesmo.
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A Suprema Corte americana começou a debater na segunda-feira, dia 7, a legalidade da injeção letal utilizada para executar condenados à morte nos Estados Unidos. O debate controverso não questiona o princípio da pena de morte, autorizada em 37 estados americanos, mas sim o principal método utilizado nas execuções. Os juízes deverão dizer se a injeção letal causa sofrimento e dor, crueldades contrárias a Constituição norte-americana. A droga utilizada atualmente foi inventada em 1977 e era considerada mais humana do que a cadeira elétrica. Ela combina três componentes químicos, aplicados um a um, mas que não matam o condenado instantaneamente como manda a legislação. O debate se estenderá até o final de junho, quando a Corte deve dar um parecer. O próprio inventor da injeção letal Jay Chapman afirma que o método precisa ser reavaliado. O número de condenados à morte nos Estados Unidos tem diminuido bastante nos últimos seis anos. O ano de 2007 registrou o número mais baixo de execuções dos últimos 13 anos: 42 pessoas foram executadas, sendo 98 por cento delas com injeção letal. As associações de direitos humanos aproveitam o julgamento para relançar o debate sobre a abolição da pena de morte.
ÁUDIO
Correspondente da RFI, em Nova Iorque
«J.Chapman afirma que hoje até animais têm sido sacrificados de forma mais digna. Ele chega a defender a guilhotina como método mais rápido e indolor.»