Reportagem publicada em 09/10/2008 Última atualização 10/10/2008 18:04 TU
Falhas na construção da hidrelétrica de San Francisco, que gera energia por duas turbinas instaladas no subterrâneo, estão na origem do conflito entre a Odebrecht e o governo equatoriano.
Foto: Odebrecht
O impasse entre o governo do Equador e a Odebrecht terminou com a decisão do presidente Rafael Correa de expulsar definitivamente a construtora brasileira do país. O governo equatoriano rejeitou finalmente, na noite de quarta-feira, a proposta econômica feita pela Odebrecht. O litígio veio à tona em setembro passado quando a empresa brasileira negou-se a indenizar o país por falhas na hidrelétrica de San Francisco, que provocaram a paralisação das obras durante três meses, colocando em risco o abastecimento nacional de energia.
A decisão inicial de expulsão tinha sido tomada no mês passado. Rafael Correa ordenou o embargo dos bens da empresa, enviou militares para vigiar as obras em andamento e a proibiu que funcionários da Odebrecht deixassem o país. Na semana passada, a construtora brasileira ofereceu uma garantia de 43 milhões de dólares, como pagamento de uma eventual multa. O dinheiro seria transferido para o Estado se uma auditoria internacional reponsabilizasse a construtora pelas falhas nas obras da hidrelétrica. Mas segundo o governro equatoriano, os prejuizos causados pela empresa vão muito além desse montante.
Com uma potência prevista de 230 megawatts e capacidade para abastecer 12% da energia do país, a hidrelétrica de San Francisco foi construída por um consórcio entre a Odebrecht e as empresas européias-Alstom e Vatech e inaugurada em junho de 2007. A Petrobras, que também opera no Equador, está sob ameaça de expulsão se não aceitar as novas regras determinada pelo governo para exploração petrolífera. Correa ameaçou inclusive nacionalizar um campo onde a Petrobras produz 32 mil barris diários.
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