Reportagem publicada em 30/10/2008 Última atualização 30/10/2008 18:46 TU
O livro « Becoming Brazuca » traz um perfil da chamada geração '1 ponto 5', que vive entre duas culturas: a brasileira e americana.
Foto: Maria Emilia Alencar / RFI
Uma das principais contribuições da publicação foi revelar o perfil de uma geração de jovens que nasceram e estudaram vários anos no Brasil e chegaram no início da adolescência nos Estados Unidos. Essa camada da população, conhecida pela expressão 1 ponto 5, foi alvo de estudos da pesquisadora em educação, Letícia Braga, professora de português de um programa criado pelo Centro de Estudos Latino Americanos. Letícia coordenou a publicação em parceira com outra pesquisadora, Clémence Jouët-Pastré.
Para ela, a geração 1 ponto 5, um termo criado pelos pesquisadores para identificar uma população que se situa entre a primeira e segunda gerações de imigrantes, vive uma condição complicada e interessante. São adolescentes e jovens que já têm uma referência do Brasil mas devem se readaptar a um outro país, num período difícil da vida que é a adolescência.
"Muitos deles têm documentos e outros não, uma questão que afeta a perspectiva de trabalho e de estudos e interfere na experiência migratória", explica a pesquisadora, que tem a dupla nacionalidade, brasileira e americana.
Para a pesquisadora Letícia Braga, o democrata Barack Obama tem as melhores propostas para os imigrantes nos Estados Unidos.
Foto: Maria Emilia Alencar / RFI
Diferenças
A experiência da pesquisadora com os jovens que frequentam escolas, revela que imigrantes brasileiros desenvolvem visões identitárias diferentes.
Uma parte desses estudantes se identifica primeiro como imigrante, assim como as comunidades africanas e hispânicas presentes nos Estados Unidos.
Outros adolescentes e suas famílias buscam se diferenciar de outros imigrantes, especialmente dos hispânicos para evitar sofrer os mesmos tipos de discriminação.
"Isso é ruim porque, se por um lado é importante estabelecer as diferenças, por outro, não essas diferenças não devem ser usadas como argumento para oprimir o outro", afirma Letícia.ÁUDIO
Letícia Braga, pesquisadora em educação
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