Reportagem publicada em 20/01/2009 Última atualização 20/01/2009 14:20 TU
Da esquerda à direita : o chefe da diplomacia européia Javier Solana, o ministro francês das Relações Exteriores Bernard Kouchner, o presidente francês Nicolas Sarkozy, o presidente da Comissão Européia José Manuel Barroso.
Foto: Reuters
Com a perspectiva de enfrentar em 2009 a pior recessão econômica dos últimos 60 anos, causada pela crise financeira mundial, os países da Europa têm grandes expectativas em relação ao governo do novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Os europeus esperam virar a página da política unilateral adotada por George W. Bush e começar uma nova, baseada na abertura e na maior aproximação com Washington.
Um dos primeiros testes desta nova relação vai ser o pedido do governo americano para reforçar as tropas européias no Afeganistão. O bloco já se mostrou disposto a ajudar o novo presidente americano a resolver problemas como o fechamento da prisão de Guantânamo, em Cuba. Os europeus podem financiar a transferência dos presos em seus países de origem.
A União Européia também pode ajudar Obama a melhorar as relações dos Estados Unidos com a Rússia, abaladas com a instalação de um escudo anti-míssel americano na Polônia e República Tcheca. Na França, as reações do governo do presidente Nicolas Sarkozy oscilam entre esperança e prudência. " Vamos ter a volta da liderança americana no mundo e ela será ambiciosa" , prevê o principal conselheiro diplomático do presidente francês, Jean-David Levitte, ex-embaixador da França em Washington.
Segundo ele, as relações entre os dois países nunca estiveram tão boas. Ele vê pontos em comum entre Sarkozy e Obama, como a luta contra as mudanças climáticas. Mas o conselheiro do chefe de Estado francês avisa: as questões relacionadas à economia serão bem mais difíceis, especialmente na área do comércio.
A imprensa francesa vê ainda um outro aspecto dessa futura relação: a chegada de Obama à Casa Branca deve ofuscar o brilho conquistado por Nicolas Sarkozy na cena internacional. O presidente francês, segundo o jornal Libération, soube aproveitar o vácuo deixado por George Bush, mas será difícil competir com o carismático Barack Obama.
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Jornalista da RFI
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