Reportagem publicada em 20/01/2009 Última atualização 21/01/2009 11:31 TU
O governo francês anunciou nesta terça-feira um pacote de ajuda de 5 a 6 bilhões de euros para o setor automotivo do país, que vem sofrendo forte queda nas vendas em razão da crise financeira mundial. Os detalhes do plano serão revelados apenas em fevereiro, mas o governo já informou o montante da ajudada aguardada pelo setor durante um encontro no Ministério da Economia com representantes das montadoras francesas.
Mas ao anunciar os valores, o primeiro ministro francês, François Fillon já adiantou as principais exigências que o governo fará aos fabricantes: o dinheiro só será liberado para as empresas que mantiveram sua produção na França. "Está excluído que o Estado vá socorrer um construtor para ele fechar fábricas no país", disse Fillon.
O secretário de Estado para a Indústria, Luc Chatel, explicou que a ajuda de 5 a 6 bilhões de euros deverá ser destinada ao reforço do fluxo de caixa das montadoras. Outra exigência do governo: suspender os bônus recebidos pelos dirigentes das empresas e limitar os dividendos pagos aos acionistas em tempos de crise.
Também se estuda a possibilidade de conceder empréstimos diretamente às montadoras, com o objetivo de aumentar a liquidez do setor, como ocorreu no caso do pacote de ajuda aos bancos franceses.
O vice-presidente da Comissão Européia, Gunther Verheugen, reconheceu que a medida do governo francês é justificada e indispensável. Mas alertou que a ajuda não pode dar à França uma vantagem competitiva em relação aos outros países. O pacote bilionário não agradou, no entanto, os dirigentes das montadoras. O presidente da Renault , Carlos Ghosn, julgou as medidas adotadas até agora na Europa como insuficientes e reclamou uma diminuição da carga fiscal na França para reduzir os custos de produção e deixá-los próximos aos do leste da Europa.
Ghosn lançou um alerta : é a sobrevivência de toda a rede do setor automotivo - construtores, fornecedores e distribuidores - que está ameaçada por causa da retração nas vendas. A Associação dos Construtores Europeus de Automoveis (ACEA) prevê uma queda de 15% na produção este ano em relação a 2008 e uma redução entre 15% e 20% da mão-de-obra, o que representaria algo entre 150 mil a 200 mil demissões.
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