Reportagem publicada em 21/01/2009 Última atualização 22/01/2009 12:44 TU
Após a posse diante do Capitólio, o casal presidencial Barack e Michelle Obama participou de dez bailes oficiais em Washington.
Foto: Reuters
Foi ao som de estrelas pop como a cantora Beyoncé que Barack Obama e sua esposa Michelle dançaram na noite de ontem para comemorar a posse do novo presidente dos Estados Unidos. Antes de ir dançar, entretanto, Obama tomou as primeiras medidas de sua administração. Ele cancelou as ordens pendentes do ex-presidente George W. Bush, para que sejam examinadas, e ordenou que os procuradores dos tribunais especiais de Guantánamo peçam a suspensão por 120 dias de todos os julgamentos em andamento. Os juízes militares devem examinar hoje esse pedido que, se aceito, vai interromper 21 processos em curso. Fechar o campo de Guantánamo, aberto em janeiro de 2002 e onde estão detidos suspeitos de atos terroristas depois dos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, é uma das promessas de campanha de Barack Obama.
Stevie Wonder, Mary J. Blige, Shakira e Sting se apresentaram no baile em homenagem à posse de Barack Obama.
Foto: Reuters
Europeus na expectativa
O início da administração de Barack Obama provoca muita esperança nos Estados Unidos e em vários países do mundo, mas também deixa os europeus preocupados, em particular o dinâmico presidente francês, Nicolas Sarkozy. O Partido Socialista francês afirmou maldosamente que a entrada de Obama na cena internacional faria desaparecer Sarkozy. Isso não deve acontecer, mas o presidente francês continua a defender com insistência a posição da França no cenário mundial. "Não vamos esperar que os Estados Unidos sintam frio para colocarmos um cachecol", disse Sarkozy na semana passada ao primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e à chanceler alemã, Angela Merkel.
Observadores europeus esperam que Obama cumpra sua promessa de campanha de privilegiar o multilateralismo nas grandes questões internacionais. A Uniao Européia conta com o novo titular da Casa Branca para lançar uma nova estratégia para o Oriente Médio que possa ser mais positiva no conflito israelo-palestino, deixado de lado por George W. Bush.
Outra prioridade dos europeus é a luta contra a crise financeira. A União Européia espera que na próxima cúpula do G-20, em abril, na Inglaterra, os Estados Unidos aceitem uma série de reformas para regular o sistema financeiro internacional. Obama vai ser pressionado pelos europeus também na questão do aquecimento global. Os Estados Unidos nunca ratificaram o protocolo de Kyoto, e a União Européia quer uma posição mais positiva dos norte-americanos na Conferência Internacional da ONU em Copenhague, em dezembro deste ano.
ÁUDIO
Correspondente da Folha de S.Paulo em Washington, especial para RFI
"Barack Obama não cria uma nova fase; ele consolida conquistas."
"O país não vai parar com a dependência imensa dos combustíveis sujos da noite para o dia."
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