Reportagem publicada em 21/01/2009 Última atualização 23/01/2009 10:23 TU
Associações de defesa dos direitos humanos e governos europeus reagiram positivamente a uma das primeiras decisões da administração Obama: suspender temporariamente os julgamentos dos prisioneiros de Guantánamo. Dezenas de suspeitos de terem cometido atos terroristas, inclusive de participação nos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, ainda estão presos no local. O centro de detenção, aberto em janeiro de 2002 na base naval norte-americana em Cuba, é criticado por desrespeitar regras internacionais de direitos humanos. No entanto, um detalhe cria polêmica: o asilo aos detidos em países do bloco europeu.
A Anistia Internacional considera um passo importante a suspensão de 120 dias dos julgamentos de prisioneiros de Guantánamo, mas pede que Barack Obama suspenda definitivamente todos os processos. Satisfeito com a decisão de Obama, o relator especial das Nações Unidas para assuntos de tortura, Manfred Nowak, estima que tribunais militares excepcionais não respondem aos critérios oficiais na questão dos direitos humanos e deveriam ser descartados. O comissário europeu para direitos humanos, Jacques Barrot, também felicitou a decisão de Obama. A luta contra o terrorismo deve ser uma prioridade para os Estados Unidos e para a Europa, mas sempre respeitando o direito internacional, disse o comissário europeu.
Apesar das reações positivas, dirigentes europeus são prudentes quanto à hipótese de receber ex-detentos de Guantánamo. O ministro do Interior alemão se opôs à eventual recepção de prisioneiros no seu território. Wolfgang Schauble fez a seguinte ponderação: se os Estados Unidos consideram os detentos de Guantánamo tão perigosos, por que os europeus deveriam aceitá-los no bloco?
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Jornalista da RFI
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