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Reportagem publicada em 05/02/2009 Última atualização 06/02/2009 11:28 TU
O ministro francês da Imigração, Eric Besson, assinou a nova circular na Secretaria de Segurança de Paris.
Foto: Reuters
O novo ministro francês da Imigração, Eric Besson, assinou nesta quinta-feira uma circular que estimula a delação de coiotes. O texto autoriza as autoridades policiais de todas as regiões da França a conceder vistos de permanência para os imigrantes clandestinos que denunciarem redes que os exploram. "Com o novo sistema, os imigrantes que ajudarem a polícia vão ganhar vistos de permanência instantaneamente", prometeu o ministro, sem revelar o prazo de validade do documento.
As Organizações não governamentais que trabalham com o tema receberam a proposta com indignação. A SOS Racismo se diz preocupada com a oficialização da prática da delação e pede que o ministro retire seu projeto. A luta contra redes clandestinas é louvável, mas não esse método proposto pelo governo, diz a ONG. A SOS Racismo tem dúvidas quanto a capacidade do estado francês em garantir a segurança física dos familiares no país de origem do imigrante clandestino que denunciar seu coiote.
Outra ONG, a França Terra de Asilo, acusa o ministro de entrar no debate sobre imigração de maneira espetacular sem querer resolver de fato o problema. A organização acusa o ministro Eric Besson, um ex-socialista, de resgatar uma idéia de 2003 do então ministro do interior, Nicolas Sarkozy. Na época, Sarkozy prometeu regularizar e proteger as prostitutas que denunciassem seus exploradores. Seis anos depois as vítimas de redes de prostituição estão menos visíveis nas ruas, mas continuam sem documentos, afirma a França Terra de Asilo.
A luta contra a imigração clandestina mobiliza todos os países da União Européia. Segundo pesquisas recentes, 900 mil imigrantes clandestinos entrariam todo ano no bloco europeu, com o objetivo de se estabelecer ou trabalhar temporariamente. Na quarta-feira, o Parlamento Europeu adotou uma diretiva que impõe medidas dissuasivas e sanções para as empresas européias que empregarem trabalhadores clandestinos. O dispositivo ainda vai à votação.
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