Os ministros das Finaças do G20, que reúne as economias mais ricas do planeta e os grandes países emergentes, decidiram, em uma reunião neste sábado na Grã-Bretanha, aumentar significativamente os recursos do Fundo Monetário Internacional para socorrer os países afetados pela crise mundial.

O encontro em Horsham, no sul da Grã-Bretanha, contou com a presença do ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, que já havia ressaltado antes o início da reunião que os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) condicionam novos recursos extras ao FMI à reforma do Fundo que aumentaria a participação decisória desses quatro países emergentes na organização.

Em um comunicado conjunto divulgado neste sábado, os países do BRIC também afirmaram estar “inquietos com a ameaça cada vez mais real do protecionismo” e também considerar que “os recursos do FMI são claramente inadequados e devem ser aumentados de maneira significativa”, diz o comunicado divulgado pelo Brasil, Rússia, Índia e China.

O ministro britânico das Finanças, Alistair Daring, que presidiu o encontro neste sábado, disse que a necessidade de recursos para o FMI “é urgente”, mas nenhuma cifra foi divulgada durante a reunião.

O encontro neste sábado em Horsham visou preparar a reunião de cúpula do G20 em Londres no início de abril, que tem o objetivo de definir uma ação comum para combater a crise econômica mundial. Em um comunicado conjunto, os ministros das Finanças do G20 afirmaram que o grupo tomará “todas as medidas necessárias para estimular o crescimento econômico mundial” e disseram que os países estão dispostos a realizar esforços orçamentários” para atingir esse objetivo.

O G20 também se comprometeu a sanear o sistema financeiro mundial e restaurar o crédito bancário. Os ministros das Finaças do G20 afirmaram ainda a necessidade de registrar os hedge funds, fundos especulativos, para aumentar a transparência nos mercados.