Reportagem publicada em 02/04/2009 Última atualização 02/04/2009 10:50 TU
Depois de terem sido recebidos pela Rainha Elizabeth 2ª na noite de ontem e do jantar de gala na sede do governo britânico, em Londres, os líderes do G20 começaram oficialmente na manhã desta quinta-feira a reunião de cúpula visando adotar medidas contra a crise financeira global e lançar novas bases para uma reforma do sistema financeiro.
O dia de trabalho começou com um café-da-manhã e a foto oficial com todos os participantes do encontro, previsto para durar apenas um dia.
Em seguida, os dirigentes das 20 maiores economias do planeta começaram a reunião de trabalho para discutirem os pontos ainda divergentes do comunicado, que deve apontar as soluções para a crise econômica mundial.
Um acordo sobre o documento final, que será divulgado esta tarde, teria sido fechado, mas europeus e americanos ainda devem aparar as arestas sobre pontos que bloqueiam um acordo final.
Estados Unidos, Grã-Bretanha e Japão fazem pressão para que os governos adotem novos pacotes de estímulo à economia para contornar a crise. França e Alemanha lideram o grupo que estabeleceu como prioridade uma maior regulamentação e controle do sistema financeiro.
Outra exigência é a adoção de sanções contra os paraísos fiscais refratários à transparência financeira. Mas não é certo que os europeus vençam essa batalha. O grupo das maiores economia do planeta também deverá confirmar o compromisso de evitar o protecionismo.
A única decisão consensual dos líderes, é um maior reforço do caixa do FMI - Fundo Monetário Internacional - e do Banco Mundial para ajudar economias em dificuldades e fortemente afetadas pela crise econômica.
“O Brasil está disposto, como disse o presidente (Lula) a participar, colaborar, mas temos que ver qual é a melhor maneira de se adaptar às novas regras do jogo. O Brasil tem que ser protagonista e não só ir lá e colocar dinheiro”, disse o ministro da Economia, Guido Mantega.
Para ele, as contribuições para os organismos internacionais pode chegar a 1 trilhão de dólares. O valor dever ser destinado, principalmente, para os países em desenvolvimento e em dificuldades econômicas. Guido Mantega, ministro brasileiro da Economia
Brasil
O presidente Lula é recebido pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, em Londres.
Foto: Reuters
O presidente Luis Inácio Lula da Silva diz que o Brasil não está alinhado com nenhuma posição específica, seja dos americanos ou dos europeus, e dará o seu próprio recado na cúpula.
“O Brasil senta na mesa com humildade mas com coisas importantes a dizer”, disse o presidente Lula antes da reunião.
“Se os países ricos resolverem os seus problemas (...) os problemas financeiros internos de cada país, para que os bancos possam voltar a oferecer crédito à população, reestabelecer a confiança para voltar a consumir, já seriam 50% do caminho andado”, resumiu o presidente brasileiro.
Violência
Protestos contra as propostas da cúpula do G20 estão previstos em vários locais da cidade, inclusive no local do encontro dos líderes, no leste da cidade. A capital britânica está sob forte esquema de segurança e a tensão aumentou depois dos atos de violência e confrontos com a polícia registrados na quarta-feira.
Um manifestante morreu ontem quando participava de um protesto anticapitalista, na City, o centro financeiro de Londres.
As causas de sua morte ainda não foram esclarecidas, mas ele foi encontrado inconsciente e os serviços de socorro não conseguiram reanimá-lo.
A polícia de Londres informou que pelo menos 86 pessoas já foram presas desde a última terça–feira, durante as diversas manifestações de ruas na capital inglesa.
Entre os manifestantes detidos, 2 foram são acusados de terem invadido e incendiado voluntariamente o prédio do banco RBS, ao lado do Banco Central da Inglaterra.
ÁUDIO
Repórter on line
19/03/2010 12:39 TU
19/03/2010 11:43 TU
19/03/2010 11:26 TU
18/03/2010 16:34 TU
16/03/2010 13:51 TU
Repórter online
Esportes
Cotações + Meteorologia