Reportagem publicada em 18/05/2009 Última atualização 18/05/2009 15:21 TU
A diretora-geral da OMS, Margareth Chan, durante discurso na abertura da Assembleia Geral da Organização, em Genebra.
Foto: Reuters
"A produção de vacina contra a gripe comum deve continuar, apesar da propagação da gripe A”. A declaração foi feita nesta segunda-feira pela diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margareth Chan.
“Vamos combater as duas formas de gripe. Quero ter certeza que os países têm reservas suficientes de vacinas contra a gripe comum”, disse Chan, na abertura de uma reunião sobre a gripe A, em Genebra, na Suíça.
A gripe A, provocada pelo vírus do tipo H1N1, também chamada de gripe suína, será o principal tema discutido na 62ª Assembleia Anual da OMS, que começou nesta segunda-feira com a participação de 193 países membros da organização.
A doença já contaminou 8.829 pessoas em 40 países, segundo o balanço mais recente publicado pela organização. As preocupações aumentaram neste final de semana, com a expansão da gripe no Japão, onde mais de 130 casos já foram confirmados.
Em razão da epidemia, a OMS decidiu reduzir a duração do encontro pela metade para que os ministros da saúde presentes possam retornar aos seus países e continuar adotando as medidas necessárias para conter a evolução da doença. O encontro irá durar até 22 de maio.
Vacina
Nesta terça-feira, a diretora-geral da OMS e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, devem se encontrar com representantes de 20 grandes laboratórios de todo o mundo.
Com 35 casos registrados no final de semana no oeste do país, o governo japonês decidiu manter as escolas da região fechadas por 5 dias.
Foto: Reuters
Um dos desafios desse encontro é a conclusão de um acordo sobre a divisão e a gestão das cepas do vírus do tipo N1H1 entre os grupos farmacêuticos que trabalham para um vacina de combate à gripe A.
Países ricos e pobres discordam sobre a necessidade de patentear o material biológico.
O encontro também vai permitir avaliar a necessidade dos países mais pobres em ter mais acesso aos medicamentos Tamiflu e Relenza, fabricados pelos laboratórios Roche e GlaxoSmithKline e que se mostraram eficazes no combate à nova gripe.
Nível de alerta 6 em discussão
Nesta segunda-feira, o Japão anunciou que pelo menos 21 casos registrados ocorreram devido à transmissões do virus H1N1 entre pessoas no país. Até então, os casos detectados eram de pessoas que haviam viajado ao continente americano.
Sinais de contágios autônomos em uma nova região do mundo poderiam levar a OMS a aumentar o nível de alerta da organização para 6, o mais elevado da classificação, o que poderia caracterizar a ocorrência da primeira pandemia de gripe deste século.
A propagação no Japão surpreendeu as autoridades e o nível de alerta da gripe A pode passar a 6, o maior da escala da OMS.
Foto: Reuters
Até o momento, a OMS mantém o nível de alerta em 5, o que significa que a pandemia é iminente. O ministro britânico da Saúde, Alan Jonhson, pediu que a OMS não se precipite em elevar o nível de alerta para não provocar uma “confusão” na população.
“Acredito que vocês ainda têm tempo para estudar essa hipótese”, disse Jonhson em mensagem dirigida à diretora-geral da OMS, Margareth Chan. Os governos da Suíça e da Nova Zelândia defenderam a posição britânica. Com mais de 100 casos confirmados, a Grã-Bretanha é um dos países com maior índice da doença.
Leia mais: Mil novos casos de gripe A (H1N1) em apenas um dia, segundo OMS
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