Reportagem publicada em 22/05/2009 Última atualização 25/05/2009 10:27 TU
Alunos usam máscaras durante visita ao parlamento japonês, em Tóquio, evitar contaminação da gripe A.
Foto: Reuters
A diretora da OMS (Organização Mundial de Saúde), Margaret Chan, alertou nesta sexta-feira para o risco de uma pandemia fora de controle da gripe A, provocada pelo vírus H1N1, nos países mais pobres ou em desenvolvimento. "É um vírus sutil, que chega sem avisar. Ele pode provocar uma explosão repentina do número de pacientes que precisam ser hospitalizados", disse a diretora, no encerramento da Assembleia Anual da OMS em Genebra, que reuniu 193 estados-membros. Segundo Chan, "os países mais pobres devem se preparar para casos mais graves do que aqueles registrados até agora."
Uma das maiores preocupações da OMS é a chegada do inverno no hemisfério sul. De acordo com a organização, as baixas temperaturas facilitam as mutações do H1N1. O vírus pode se modificar geneticamente de uma maneira "imprevisível", de acordo com a diretora. Um dos temores é uma troca de DNA com o vírus H5N1, cuja taxa de mortalidade pode atingir 60%.
Um outro problema é o diagnóstico. A maioria dos países em desenvolvimento não possui tecnologia suficiente para distinguir a gripe comum da gripe A. Isso significa que provavelmente já existam casos, ainda não identificados, devido à falta de infraestrutura do sistema de saúde.
Propagação
De acordo com os últimos dados divulgados pela OMS, o vírus H1N1 já contaminou 11.168 pessoas em 43 países, deixando 86 mortos. Nesta sexta-feira, dois novos casos foram registrados nas Filipinas e em Honduras. Na Espanha, onze estudantes de uma escola militar em Hoyo de Manzanares, no centro do país, foram infectados, depois de entrar em contato com doentes colocados em quarentena no local. Os 57 alunos estão em observação. Com isso, subiu para 114 o número de pessoas atingidas pelo H1N1 no país. Dos 100 casos detectados nas últimas 24 horas, a maioria foi detectada nos Estados Unidos (5.764), no Japão (294) e no Chile (24), o país mais atingido da América do Sul. O Brasil, com nove casos, irá investir uma verba de 64 milhões de dólares na luta contra a gripe.
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