Reportagem publicada em 06/06/2009 Última atualização 10/09/2009 15:36 TU
Essas caixas colocadas no bagageiro dos aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) servirão para transportar restos mortais das vítimas se
a área do acidente for localizada.
Foto: Reuters
A FAB (Força Aérea Brasileira) confirmou neste sábado, em Recife, a descoberta dos corpos de dois homens e de destroços do Airbus-330, a 450 milhas náuticas de Fernando de Noronha. Os cadáveres foram encontrados no início da manhã pela corveta Caboclo, da Marinha. Perto dos corpos, também foram achadas uma poltrona com um número de série que, a princípio, corresponde ao voo AF447, uma mochila de nylon e uma maleta de couro contendo um notebook e uma passagem aérea. A Airbus ainda deve confirmar a proveniência da poltrona. As forças armadas agem com cautela na divulgação das informações. As autoridades brasileiras haviam anunciado a descoberta de destroços que, na realidade, não pertenciam ao avião.
Sem os destroços e sem a localização das caixas pretas, o BEA (Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil), responsável pela investigação do acidente do Airbus 330, na noite do dia 31 de maio, tenta decifrar as mensagens automáticas que foram enviadas pelo avião antes do seu desaparecimento no oceano Atlântico. Ao todo, foram 24 mensagens que indicavam anomalias em aparelhos da aeronave, 14 delas foram registradas entre 23h10 e 23 h 11, horário de Brasilia.
Em entrevista coletiva concedida hoje à imprensa, em Paris, Paul Luis Arsalanian, diretor do BEA, disse que a análise preliminar dos dados mostra que o piloto automático foi desligado em algum momento. Ainda não está claro, entretanto, se ele foi desligado pelos próprios pilotos ou se parou de funcionar por causa de informações contraditórias dos equipamentos que detectavam a velocidade do avião. A equipe de investigadores tenta compreender o significado das sequências das mensagens, mas, nesse momento, o diretor do BEA enfatizou que ainda não é possível fazer um relação entre as panes detectadas pelas mensagens e o acidente.
De acordo com Arsalanian, também não é possível relacionar as condições climáticas ao desaparecimento ao avião. Meteo France, serviço francês de estudo climático, explicou que havia, de fato, uma zona de tempestade e temperaturas extremas de até – 92 graus centígrados na rota provável do avião. Mas essas condições são normais para a região e para essa época do ano.
A hipótese de uma bomba também é considerada remota, já que não seria coerente com as mensagens disponíveis até agora. Nesse momento, a França esta concentrada na localização das caixas pretas. Os Estados Unidos participarão desse esforço com o envio de equipamentos de alta tecnologia para a identificação de destroços submarinos. A França também enviou um submarino nuclear para a zona de buscas entre a costa do Brasil e a costa do Senegal.
O BEA afirmou que as buscas são muito dificeis e não descarta o risco de a baliza que emite sinais sonoros, que deveria estar acoplada à caixa-preta, ter se danificado na queda. Na próxima semana, técnicos brasileiros chegarão à França para ajudar nas investigações.
(Reportagem de Cintia Cardoso)
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