Gripe A/H1N1

Vacina contra gripe A será distribuída na França no outono

Reportagem publicada em 03/07/2009 Última atualização 04/07/2009  14:10 TU

Preparação do Tamiflu nos laboratórios Roche.
Foto: Reuters

A ministra da saúde da França, Roseline Bachelot, anunciou nesta sexta-feira que a vacina contra a gripe A estará disponível no outono no país. A vacina, que está sendo produzida pelos laboratórios Baxter e Novartis, deve ficar pronta no mês que vem. Ela não será obrigatória. De acordo com especialistas, se 30 milhões de pessoas forem vacinadas, a população francesa estará protegida. A ministra também declarou que na França, onde 300 casos foram registrados, a situação é bem menos grave do que no Reino Unido.

O Ministério da Saúde inglês prevê, até o fim de agosto, que cerca de 100 mil casos de gripe A sejam detectados por dia. O Reino Unido é um dos países mais afetados pela epidemia, com 7447 doentes. Três pessoas já morreram. A vacina deve estar disponível em agosto.

A gripe A, transmitida pelo H1N1, por enquanto está sendo tratada com o antiviral Tamiflu. A empresa suíça Roche confirmou, nesta quinta-feira, um segundo caso de resistência ao antibiótico. De acordo com a Roche, é normal que, em cerca de 0,4% dos adultos, o remédio não seja eficaz.

Nesta quinta e sexta-feira, mais de 40 especialistas da OMS (Organização Mundial de Saúde) da OPAS (Organização Panamericana de Saúde) estão reunidos na estação balneária de Cancun, no México, para debater a estratégia adotada pelos países para conter a epidemia.

Para o epidemiologista brasileiro Jarbas Barbosa, gerente da Área de Vigilância, Prevenção e Controle de Doenças da Organização Panamericana de Saúde, em Washington, nos próximos meses, o H1N1 deve contaminar milhares de pessoas. Ele está participando da conferência no México. "Neste momento, barreiras e discriminações não vão proteger ninguém. Numa situação de pandemia, não há lugar seguro. Barreiras em aeroportos ou suspensão de voos são absolutamente ineficazes."

No dia 11 de junho, a OMS (Organização Mundial de Saúde) elevou para 6 o nível de alerta, que determina a gravidade de uma epidemia. No mundo todo, o mundo já contaminou 77.201 pessoas em 120 países.

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