Reportagem publicada em 17/07/2009 Última atualização 20/07/2009 14:43 TU
Segundo estimativas, a população russa pode perder cerca de 40 milhões de habitantes até 2050.
Foto: Elcio Ramalho/RFI
Um estudo patrocinado pela ONU estima que a população russa pode cair de s 141,9 milhões de pessoas atualmente para pouco mais de 100 milhões até o ano 2050.
Segundo o relatório, as previsões terão repercussões sérias para a economia e até a questões de defesa e segurança do país.
Os fatores que explicariam essa queda nos índices são: baixa taxa de natalidade, baixa expectativa de vida para a população (61,4 anos para homens), o alto índice de mortalidade entre adultos devido a problemas como alcoolismo e acidentes e, por último, a uma política de imigração pouco clara.
O fenômeno não é novo. Números divulgados pelo Instituto de demografia de Moscou confirmam que a população russa perdeu 7 milhões de habitantes entre 1993 e 2009.
Para a socióloga Elena Garina, da Universidade de Moscou, o problema da queda da taxa de natalidade é um fenômeno que tem várias explicações.
“O número de bebês está diminuindo não apenas por questões econômicas ou porque as pessoas estão saindo do campo para se mudar para as cidades. Está também relacionado com uma mudança no conceito de família: muitas mulheres não querem mais ter filhos", diz a socióloga.
Tendência
Uma pesquisa feita com estudantes de colégios em Moscou sobre carreira e família mostrou que 90% das entrevistadas responderam que primeiro querem construir uma carreira para poder sustentar mais tarde seu filho, em caso de divórcio.
Segundo estatísticas, já a partir de 2025, a Rússia vai enfrentar uma queda de 11 milhões pessoas na população e outras 14 milhões vão deixar o mercado de trabalho.
Para tentar reverter a tendência, especialistas indicam que o país deverá criar um verdadeiro política para enfrentar seus problemas relacionados com a demografia.
Os incentivos do governo para ajudar as famílias a pagar a moradia e a criação de um prêmio para a maternidade fizeram aumentar em 0,4% o número de nascimentos no primeiro trimestre de 2009 em relação ao mesmo período do ano passado. Mas, para os especialistas, a situação é temporária.
"É óbvio que para mudar a situação, deve haver uma interferência maior do governo, porque quando chegarmos ao momento em que a população não vai mais conseguir se reproduzir, se reequilibrar, os esforços para mudar a situação deverão ser ainda maiores. O que poderia ajudar seria a imigração, mas o assunto também é problemático porque diz respeito a questões étnicas, um tema delicado no país", afirma Garina.
Repórter on line
19/03/2010 12:39 TU
19/03/2010 11:43 TU
19/03/2010 11:26 TU
18/03/2010 16:34 TU
16/03/2010 13:51 TU
Repórter online
Esportes
Cotações + Meteorologia