Reportagem publicada em 23/07/2009 Última atualização 23/07/2009 15:39 TU
Simular problemas de voo devido a defeitos dos sensores de velocidade, é uma das exigências dos pilotos.
Quatro sindicatos franceses de pilotos da Air France enviaram uma carta ao presidente da empresa, Pierre Henri Gourgeon, exigindo reforço nas medidas de segurança dos aviões da companhia. Referindo-se ao acidente com o voo 447, o documento diz que, diante da "constatação de erros da empresa" em relação à segurança, os pilotos pedem a aplicação imediata de certas medidas de emergência; entre estas, a criação de uma direção responsável pela segurança dos voos, com contato direto com a presidência. Os sindicatos lembraram que Gourgeon só foi avisado do desaparecimento do avião seis horas depois do ocorrido.
Os sindicatos também pedem que a manutenção dos sensores Pitot, que calculam a velocidade, seja feita a cada seis meses, ao invés dos 18 meses de intervalo atuais. Os sensores Pitot são apontados como uma das causas possíveis da queda do avião.
As reivindicações não param por aí, os pilotos pleiteam a reorganização do número de tripulantes - pelo menos três pilotos, ao invés de dois - todas as vezes em que o avião se afastar por mais de duas horas de uma pista de aterrissagem. Outra exigência de peso é a instauração de um simulador especialmente voltado para situações perigosas devido a problemas com os sensores de velocidade. Em outras palavras, treinar as tripulações para enfrentar situações de urgência, como a que viveu o voo 447 antes de desaparecer.
Jean Pierre Meunier, de um dos sindicatos (RWAY), em depoimento à Radio França Internacional, alerta que a crise econômica faz com que as companhias diminuam o número de tripulantes, o que pode afetar drasticamente a segurança nos voos. Os outros sindicatos são ALTER, SPAF e UNPL.
Os quatro sindicatos, que representam 30% dos pilotos da Air France, ameaçam fazer greve em setembro, caso nenhuma medida seja tomada.
Um porta-voz da Air France declarou à Rádio França Internacional que o objetivo da carta, escrita por "sindicatos minoritários", é alimentar novas polêmicas. A companhia também informou que um debate interno sobre segurança está em andamento com a participação de todas as instâncias profissionais interessadas.
O Airbus A330 da Air France decolou do Rio de Janeiro rumo a Paris, em 31 de maio passado, e caiu no Oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo.
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