Reportagem publicada em 13/08/2009 Última atualização 13/08/2009 16:29 TU
Apesar das autoridades peruanas informarem que os 7 índios da etnia Matsigenka que contraíram a gripe suína não correm risco de vida, a Ong Survival, após divulgar os primeiros casos confirmados, teme que a doença tenha efeitos devastadores para todos os indígenas da Amazônia que vivem isolados porque eles não têm imunidade contra doenças externas ao seu ambiente.
“Estamos muito preocupados. A gripe suína já é bastante séria para qualquer pessoa, mas sobretudo para os povos indígenas que têm menos resistências à gripe, pneumonia entre outras doenças”, diz Fiona Watson, diretora de campanha da Survival.
“Os índios isolados são os mais vulneráveis do planeta em termos de doenças porque, uma vez que estão isolados, não tem a mínima resistência”, explica.
Em entrevista na quarta-feira à agência Andina, o diretor regional dos serviços de saúde de Cusco garantiu que os índios infectados, que vivem ao largo do rio Urubamba, na Amazônia peruana, estão reagindo bem ao tratamento e estão fora de perigo.
Ianomâmis
A Ong diz estar sendo informada dos riscos de contaminação entre os índios que vivem também na Amazônia brasileira. A preocupação, segundo a diretora de campanha da Survival, é com relação ao atendimento aos doentes que são encaminhados para tratamento através da Casa do Índio, onde podem eventualmente contaminar outros pacientes.
“No Brasil todas as tribos estão ameaçadas, mas a nossa maior preocupação é com as tribos mais remotas como os ianomâmis”, revela Fiona. “É uma tribo que vive também na fronteira entre Brasil e Venezuela, local por onde o vírus também pode entrar”, diz.
Para a Survival, a melhor alternativa é evitar o contato de indígenas com pessoas de fora de suas comunidades.
ÁUDIO
Repórter on line
19/03/2010 12:39 TU
19/03/2010 11:43 TU
19/03/2010 11:26 TU
18/03/2010 16:34 TU
16/03/2010 13:51 TU
Repórter online
Esportes
Cotações + Meteorologia