Reportagem publicada em 02/09/2009 Última atualização 03/09/2009 15:24 TU
O A330 da Air France é equipado com sondas Pitot da marca francesa Thales, consideradas menos eficazes do que as norte-americanas da marca Goodrich.
Foto: Air France
Tentativa de desviar a responsabilidade pelo acidente com o Airbus A330, que caiu em 31 de maio no Oceano Atlântico, matando 228 pessoas: esta é a acusação feita por um dos sindicatos de pilotos da Air France, nesta quarta-feira, em uma entrevista ao jornal britânico The Times.
O francês Gerard Arnoux, do sindicato STAF, que representa cerca de 30% dos pilotos da Air France, acusa a empresa de responsabilizar os pilotos pelo acidente e minimizar outros problemas, como as falhas das sondas Pitot.
“O acidente com o voo 447 foi uma conjuntura de problemas, muito mais complexos do que a Air France e o BEA estão divulgando”, declarou Gerard Arnoux à RFI, explicando que a regulamentação para as sondas Pitot, que data de 1947, nunca foi atualizada. As sondas são apontadas com um dos fatores que podem ter causado o drama. A Airbus tem conhecimento dessas falhas há pelo menos 20 anos, segundo Arnoux.
A fabricante europeia chegou a testar vários tipos de sondas Pitot ao longo dos anos mas, segundo ele, faltou uma análise mais aprofundada sobre o desempenho das sondas Thales, de fabricação francesa, e as americanas Goodreach, que poderiam ser mais eficazes.
O piloto lembra que este é apenas um dos elementos que podem ter causado a queda do avião e que os pilotos estão no fim dessa cadeia de responsabilidade.
Procuradas por Rádio França Internacional, a companhia aérea Air France e a Agência francesa responsável pelas investigações com o Airbus não quiseram comentar as declarações do segundo sindicato da empresa.
(Reportagem de Patricia Moribe)
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