Reportagem publicada em 26/09/2009 Última atualização 28/09/2009 10:06 TU
Os presidentes Lula e Obama. Para Lula, as conclusões da cúpula mostram que "o mundo está caminhando para uma nova ordem econômica".
Foto: Reuters
Um dos maiores méritos da cúpula do G20 que terminou nesta sexta-feira em Pittsburgh, nos Estados Unidos, foi marcar a entrada dos países emergentes nas instâncias de decisão internacionais.
O G8, reunindo as sete economias mais ricas do mundo, além da Rússia, foi substituído pelo G20, que reúne países industrializados e nações emergentes, como "fórum prioritário" em matéria de cooperação econômica mundial.
Os emergentes também conquistaram mais poder no FMI, o Fundo Monetário Internacional, e no Banco Mundial. O compromisso acertado em Pittsburgh é de aumentar em "pelo menos" 5% os votos dos emergentes no FMI e 3% na direção do Banco Mundial. Uma resolução que, segundo partidipantes nas negociações, provocou forte resistência da parte dos europeus.
Os líderes políticos também afirmaram sua intenção de vigiar mais de perto as atividades dos bancos, com a edição de normas mais rigorosas para o setor bancário a serem adotadas até 2012.
"Chegamos a um acordo histórico para reformar o sistema financeiro mundial com o objetivo de promover a responsabilidade e evitar os abusos. Assim, nunca mais enfrentaremos uma crise como essa", afirmou neste sábado o presidente norte-americano Barack Obama em seu programa semanal de rádio.
Mas o G20 deixou a desejar em dois pontos: a questão da liberalização do comércio mundial mais uma vez ficou sem resposta, com um vago compromisso a concluir a chamada Rodada Doha em 2010.
E, a dois meses da decisiva Conferência de Copenhague sobre o Clima, foi decepcionante verificar que os chefes de Estado e governo reunidos em Pittsburgh se comprometeram apenas a limitar os subsídios para as energias fósseis.
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