Reportagem publicada em 19/10/2009 Última atualização 20/10/2009 12:21 TU
O tráfico de seres humanos movimenta US$ 40 bilhões por ano, e os lucros obtidos rendem quase US$ 15 bilhões para o crime organizado.
Foto: se2009.eu
A nova faceta da escravidão do século 21 afeta quase 13 milhões de pessoas. A cada ano, homens, mas principalmente mulheres, adolescentes e crianças são submetidos a trabalhos forçados ou prostituição no mundo.
Atualmente, o tráfico de seres humanos chega a ser mais lucrativo do que o comércio ilegal de armas e drogas. O negócio movimenta US$ 40 bilhões por ano, e os lucros obtidos rendem quase US$ 15 bilhões para o crime organizado.
Na tentativa de combater o comércio de pessoas, a presidência sueca da União Européia deu início, nesta segunda-feira, à Conferência Ministerial contra o Tráfico de Seres Humanos. Em Bruxelas, ministros e representantes de organismos internacionais vão discutir durante dois dias formas de cooperação com autoridades de países de origem e trânsito do tráfico.
Serão discutidas questões como a coordenação de ações entre os países, o reforço das legislações e os programas de recuperação, reintegração e apoio às vítimas.
Segundo a Organização Internacional para Migrações, os setores da construção civil, agricultura, pesca e têxtil, cujos produtos são comercializados nos países ricos, são os mais propensos a explorar a mão-de-obra barata e os imigrantes que são vítimas de tráfico humano.
Cada vez mais isoladas e vulneráveis, as vítimas costumam ser difíceis de ser identificadas. Muitos dos criminosos que atuam nas redes de traficantes se apropriam dos documentos das vítimas, que passam a viver na ilegalidade no novo país.
Para o escritório das Nações Unidas sobre Droga e Crime, existem hoje na Europa 270 mil pessoas sendo tratadas como escravos. As estimativas também mostram que para cada vítima identificada existem outras 30 pessoas em poder das máfias.
Apesar de ter assinado a convenção internacional sobre o tema e ter feito adaptações em sua legislação o Brasil é considerado um país importante na rota do tráfico humano. Nada menos de 241 rotas passam pelo país. A maioria das vítimas são mulheres negras, de 15 a 27 anos.
Em Bruxelas, o ministro da Justiça Tarso Genro ressaltou a importância de se iniciar ações preventivas para coibir crimes resultantes da imigração irregular.
ÁUDIO
Correspondente da RFI em Bruxelas
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