Reportagem publicada em 16/11/2009 Última atualização 17/11/2009 12:34 TU
Reunião em Copenhague é a última chance para obtenção de um acordo na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas,em dezembro.
Foto: ONU
Em Copenhague, na Dinamarca, ministros do meio ambiente de 40 países reúnem-se hoje e amanhã. Os ministros tentarão fechar as diretrizes de um acordo a ser assinado durante a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontece em dezembro, na capital dinamarquesa.
A reunião ministerial é a última chance de se obter um acordo concreto na luta contra o aquecimento global. Afetados pela crise econômica, os países ricos ainda discordam sobre as formas de financiamento de programas de energias renováveis nas nações menos desenvolvidas. De acordo com a União Europeia, seria preciso um investimento de cerca de US$147 bilhões anuais. Em Copenhague, os europeus devem defender a criação de uma taxa sobre transações financeiras para financiar projetos ambientais.
Os líderes mundiais também penam para definir as metas de redução de emissões de gases poluentes. Na tentativa de garantir um compromisso dos países em Copenhague, o primeiro-ministro da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, elaborou um projeto de acordo político de cinco a oito páginas que determina a data de assinatura de um tratado, único documento com valor jurídico entre os países. Os ministros do meio-ambiente da China e dos Estados Unidos, dois grandes poluidores mundiais, também participam da reunião.
Na Cúpula de Cingapura, neste fim de semana, os dois países estimaram que não será possível elaborar um tratado em Copenhague, mas apenas um protocolo de intenções. Um dos principais problemas é que os Estados Unidos, único país industrializado a não ratificar o Protocolo de Kyoto, ainda não adotou a lei federal que limita as emissões de CO2.
Para boa parte dos participantes, é impossível tomar medidas em nível mundial sem o engajamento dos americanos. No sábado, em Paris, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva criticou os dois países, dizendo: "O que estamos vendo é a criação de um G2 com interesses específicos para resolver o problema climático de dois países, sem se importar com os compromissos que temos com o conjunto da humanidade."
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