Reportagem publicada em 08/12/2009 Última atualização 14/12/2009 13:55 TU
Militantes de ongs fazem protesto na abertura da Cúpula. No cartaz, pode-se ler: "um acordo de verdade salva vidas".
Foto: Reuters
Após uma abertura bem protocolar, a Conferência do Clima de Copenhague entra em seu segundo dia, e as discussões concretas começam.
Os representantes de 193 países reunidos na cidade dinamarquesa esperam concluir um acordo mundial de luta contra o aquecimento global até o final do evento, no dia 18 de dezembro. Mas antes da chegada dos chefes de Estado, prevista para o dia 17, todos os detalhes do possível acordo são discutidos com representantes dos países durante essa semana. Em seguida, estão previstas reuniões dos ministros do Meio Ambiente, no fim de semana.
Enquanto isso, os países pobres insistem na necessidade de contribuição das potências econômicas.
Argumentando que a crise econômica mudou o papel dos países emergentes, negociadores europeus não querem mais repassar recursos para os grandes emergentes para que lutem contra o aquecimento do planeta, o que significa uma mudança drástica em relação ao Protocolo de Kyoto.
Segundo uma estimativa do Banco Africano de Desenvolvimento, os países ricos deveriam contribuir com pelo menos 40 bilhões de dólares por ano para ajudar o continente africano na luta contra as consequências do aquecimento global.
Para o organismo, o montante permitiria o desenvolvimento de fontes de energia menos nocivas e contribuiria para a preservaçao das florestas.
A partir dessa terça-feira, a reunião de cúpula será palco das primeiras negociações técnicas sobre a distribuição dos esforços de cada país para reduzir as emissões dos gases que provocam o efeito estufa.
Uma notícia que pode incentivar os participantes vem dos Estados Unidos, onde a Agência Americana de Proteção Ambiental apresentou seu parecer definitivo sobre a poluição.
Pela primeira vez na História do país, a organização reconhece que as emissões de gases poluentes representam uma ameaça para a saúde. De acordo com a diretora da agência, Lisa Jackson, essas conclusões marcam um passo importante, já que a partir de agora o governo norte-americano vai poder se concentrar realmente na luta contra o efeito estufa.
Com o anúncio, a agência vai poder pressionar o governo para que regulamente suas emissões de seis gases, entre eles o dióxido de carbono, sem que as medidas propostas tenham que ser aprovadas pelo Congresso.
Vários eventos parelelos são realizados durante a reunião de Cúpula de Copenhague. Nessa terça, representantes de vários países, em um encontro presidido pelo embaixador brasileiro André Amado, vão discutir o papel dos biocombustíveis na mudança climática.
ÁUDIO
De Copenhague, especial para a RFI
"Se o resto do mundo quer viver como a Europa, o Japão e os EUA, a poluição vai acabar provocando catástrofes climáticas apocalípticas. Mas ninguém poderá convencer chineses ou indianos a sacrificar o seu desenvolvimento para salvar a humanidade".
Site oficial da participação do Brasil na Cúpula do Clima de Copenhague
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