Reportagem publicada em 12/12/2009 Última atualização 14/12/2009 11:06 TU
Manifestações em uma centena de cidades pediram, neste sábado, resultados concretos e ambiciosos da Conferência do Clima de Copenhague, que chega ao final da primeira semana de debates sem consenso em torno de um acordo global para substituir o Protocolo de Kyoto. O protesto mais importante, em Copenhague, sede da Conferência da ONU, reuniu no início da tarde de sábado pelo menos 30 mil participantes, segundo a polícia, mais de 100 mil, de acordo com os organizadores.
Diante do Parlamento dinamarquês, os manifestantes, vestidos em azul, pediam "justiça climática sem falsas soluções". Cerca de 300 pessoas, encapuzadas e vestidas de preto, infiltraram o desfile, quebraram vitrines e foram dispersadas pela polícia. As autoridades dinamarquesas informaram que 400 pessoas foram detidas, principalmente integrantes do "Blacks Blocs", um grupo extremista ultraviolento que também perturbou a cúpula da OTAN realizada em abril, na França. Na véspera, a polícia dinamarquesa havia detido 75 pessoas e expulsado do país dois britânicos e um francês. Eles tinham participado de um protesto da ong Climate Justice Action cuja palavra-de-ordem era "Mude o sistema e não o clima".
As manifestações de sábado foram convocadas por mais de 500 organizações ambientalistas e de luta contra a pobreza e a exclusão social. Pela primeira vez, desde a adoção da Convenção da ONU sobre Mudança do Clima, em 1992, o movimento antiglobalização se associou ao movimento ambientalista para exigir dos líderes globais uma abordagem social das mudanças climáticas. Na manhã de sábado, protestos nos países asiáticos banhados pelo Oceano Pacífico, onde muitas ilhas estão ameaçadas de desaparecer pela elevação do nível do mar, reuniram 50 mil pessoas, principalmente na Austrália.
A ministra dinamarquesa que preside os trabalhos da conferência, Connie Hedegaard, declarou que os 193 países participantes fizeram progressos ao longo da semana, "principalmente no que se refere aos meios financeiros e tecnológicos para ajudar os países em desenvolvimento a utilizar fontes renováveis de energia", como a energia solar e a energia eólica. O ponto de discórdia continua sendo as metas numéricas de redução dos gases que provocam o efeito estufa. Segundo um grupo de especialistas sobre o clima, os países ricos precisam reduzir suas emissões de dióxido de carbono de 25% a 40% até 2020, tomando como base o volume de emissões de 1990. Mas até o momento, os países ricos só oferecem uma redução de 14% a 18% de CO2.
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