Reportagem publicada em 14/12/2009 Última atualização 15/12/2009 12:49 TU
A semana decisiva para a conclusão de um acordo na Conferência do Clima de Copenhague começou com uma defecção. Os países africanos se retiraram das negociações durante a manhã, por estimar que os países industrializados estavam negligenciando seus objetivos de luta contra o aquecimento global após 2012, quando expira o Protocolo de Kyoto, mas voltaram às discussões no período da tarde. Até o momento, o Protocolo de Kyoto é o único instrumento jurídico que impõe obrigações aos países na luta contra o aquecimento global. Ministros e negociadores dos 193 países representados na conferência temem o fracasso das negociações pela tensão persistente entre países ricos e em desenvolvimento.
A China poderia não reivindicar os financiamentos dos países desenvolvidos para adaptar seu ritmo de crescimento às exigências ambientais, o que está sendo interpretado como um gesto favorável em direção de um acordo. A afirmação foi feita pelo vice-ministro das Relaçoes Exteriores chinês ao jornal britânico Financial Times. A China, como o Brasil e outros países emergentes, continua a exigir que as nações industrializadas assumam suas responsabilidades históricas e deem o exemplo em termos de redução de emissões de gases poluentes. Outra reivindicação dos países em desenvolvimento é que os mais ricos financiem a luta contra o aquecimento nos países mais pobres. É essa ajuda que a China pode declinar.
Dilma cobra responsabilidade das nações desenvolvidas
Ontem, em Copenhague, a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, voltou a defender o princípio da responsabilidade histórica dos países industrializados nas emissões de gases e reafirmou a posição defendida pelo Brasil de que metas obrigatórias devem ser vinculadas somente para essas nações. Os países em desenvolvimento devem, segundo ela, ter metas voluntárias. A ministra descartou que países como o Brasil contribuam, de maneira obrigatória, com recursos ao fundo mundial que será criado para financiar ações de adaptação às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento. Nos bastidores das negociações, os países industrializados têm defendido a ideia de que os emergentes tenham um tratamento diferenciado dos países mais pobres e que, dessa maneira, contribuam com recursos para o fundo mundial em estudo.
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Enviada especial a Copenhague
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