Reportagem publicada em 25/01/2010 Última atualização 25/01/2010 16:52 TU
Moradores da favela Cité Soleil, na periferia de Porto Príncipe, aguardam na fila a distribuição de alimentos feita nesse domingo por soldados brasileiros da Minustah.
Foto: Reuters
Quase duas semanas após o terremoto que destruiu boa parte do Haiti, o governo local anunciou que o número oficial de mortos subiu para 150 mil. Autoridades haitianas estimam que até 200 mil pessoas podem ter morrido por causa do tremor de terra de 12 de janeiro. As doações ao país já chegaram a US$ 500 milhões, cerca de R$ 900 milhões, o que corresponde a 10% do Produto Interno Bruto do Haiti.
Nesta segunda-feira, a comunidade internacional se reúne em Montreal, no Canadá, para traçar um plano de urgência para o Haiti e discutir compromissos a longo prazo para a reconstrução do país. Dezenas de representantes de países do chamado "Grupo de amigos do Haiti" participam da reunião, incluindo Brasil, Estados Unidos, França, Espanha, entre outros, além das Nações Unidas. O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celson Amorin, estará presente, assim como delegações do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.
O chefe da diplomacia canadense, Lawrence Cannon, espera que o encontro sirva para marcar a data e o local de uma conferência de doadores prevista para as próximas semanas. "Queremos determinar as prioridades do plano de ação para o Haiti em colaboração com o governo haitiano", disse o diplomata do Canadá.
A poucas horas da reunião de urgência, a organização humanitária britânica Oxfam fez um apelo para que os países participantes cheguem a um acordo sobre o cancelamento da dívida externa do Haiti, que chega a US$ 890 milhões, cerca de R$ 1,6 bilhão. Enquanto a comunidade internacional discute o futuro do Haiti, a ajuda humanitária continua chegando ao país. Neste domingo, um navio do Greenpeace levou à capital Porto Príncipe 25 toneladas de material, uma doação da ong Médicos sem Fronteiras. Soldados americanos e capacetes azuis brasileiros distribuíram, ontem, alimentos em favelas do Haiti.
Sobrevivente resiste 11 dias sob os escombros
No último sábado, equipes de resgate internacional conseguiram encontrar com vida um homem de 24 anos que estava sob os escombros de um hotel que ruiu em Porto Príncipe. Ele é o último dos mais de 130 sobreviventes que foram retirados dos escombros de edificações destruídas pelo terremoto.
Uma nova réplica do tremor de terra de magnitude 4,7 na escala Richter foi sentida no domingo, doze dias depois do terremoto de magnitude 7 que destruiu boa parte da capital Porto Príncipe. O tremor foi de baixa intensidade e durou apenas alguns segundos. Desde o grande terremoto, mais de 50 réplicas foram registradas na região, a mais forte na última quarta-feira, de magnitude 5,9 na escala Richter.
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"Muitas coisas estão em jogo. É preciso decidir quem vai comandar os esforços de reconstrução. Os EUA tem o domínio militar e os recursos; o Brasil tem o comando direto da Minustah."
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