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Relatório Goldstone

Para Israel, ofensiva de Gaza não é crime de guerra

Reportagem publicada em 16/10/2009 Última atualização 17/10/2009  16:53 TU

Prédio residencial destruído na Cidade de Gaza, após bombardeio israelense em janeiro. (Foto: Reuters)

Prédio residencial destruído na Cidade de Gaza, após bombardeio israelense em janeiro.
(Foto: Reuters)

O governo israelense condenou nesta sexta-feira a adoção do relatório Goldstone pelo Conselho de Direitos Humanos (CDH), da ONU. O documento condena Israel e o movimento islâmico palestino Hamas por crimes de guerra durante a ofensiva israelense em dezembro e janeiro contra a Faixa de Gaza.

Um comunicado do ministério das Relações Exteriores de Israel diz que a decisão do CDH paralisa “os esforços para proteger os direitos humanos segundo a legislação internacional e também os esforços para promover a paz no Oriente Médio.

Dos 47 países que formam o Conselho, 25 apoiaram a resolução sobre o relatório Goldstone, seis a rejeitaram, 11 se abstiveram e 5 não votaram. O Brasil foi um dos países latino-americanos que apoiaram a resolução. Países islâmicos e africanos foram unânimes em aprovar a medida. Entre os países ocidentais, a votação foi dividida. Os Estados Unidos votaram contra a resolução. A França se absteve.

A resolução condena Israel por não colaborar com a missão de investigação, e solicita que sejam aprovadas as recomendações contidas no relatório. Uma delas é que o Conselho de Segurança da ONU encaminhe ao Tribunal Penal Internacional o caso da ofensiva de Gaza, que causou a morte de 1.400 palestinos e dez israelenses, caso Israel e Hamas não fizerem averiguações sobre os fatos.

Nathalia Watkins

Correspondente da RFI em Israel

16/10/2009