Haiti/terremoto

Risco de novas réplicas continua elevado

Reportagem publicada em 22/01/2010 Última atualização 22/01/2010  18:50 TU

Antes da França, a Holanda recebeu na quinta-feira 106 crianças haitianas que tiveram o processo de adoção acelerado após o terremoto.
Foto: Reuters

O risco de novas réplicas continua elevado no Haiti, segundo o Instituto Americano de Geologia. Segundo os especialistas do Instituto, nos próximos 30 dias o país pode sofrer fortes tremores, que podem chegar a 6 na escala Ritcher e causar ainda mais estragos no país. A possibilidade de um novo terremoto de intensidade 7, entretanto, é de apenas 3%. "As réplicas vão continuar durante meses, anos, mas a frequência diminuirá com o tempo", destaca o relatório do Instituto.

Desde o dia 12, mais de 50 réplicas já foram registradas na região, a mais forte delas atingindo 5.9 na escala Ritcher, na sexta-feira. A capital Porto Príncipe é situada em uma área suscetível a abalos sísmicos, entre as placas tectônicas da América do Norte e do Caribe.

 

Primeiro grupo de crianças adotivas chega à França

O primeiro grupo de 33 crianças haitianas adotadas por famílias francesas já deixou o Haiti em direção à França. As crianças chegam a Paris por volta de 20h desta sexta-feira, horário local, a bordo de um avião especialmente fretado, saindo da Martinica, território francês no Caribe. A escala entre o Haiti e a Martinica foi feita em um avião militar A310.

Segundo um jornalista da France Presse, as crianças de um a seis anos deixaram o local onde estavam alojadas em Porto Príncipe alegremente, cantando, e embarcaram em um ônibus até o aeroporto. Todas estão em boas condições de saúde, com exceção de um menino com diarréia. As crianças viajam com passaporte haitiano, já com o sobrenome dos pais adotivos. Algumas são órfãs e outras foram abandonadas. Várias estavam em orfanatos afetados pelo terremoto de terra.

Segundo o cônsul Jean Pierre Gueguan, que acompanha as crianças, foi um milagre nenhuma delas ter ficado ferida e nenhum dossiê de adoção ter se perdido. No dia seguinte do terremoto, as famílias francesas que estavam em processo para adotar crianças no Haiti iniciaram um movimento pedindo ao governo para acelerar as adoções e permitir que as crianças viessem para a França o mais rápido possível. Um novo grupo de crianças adotadas por franceses, cujo número ainda não foi divulgado, deve deixar o Haiti a partir desta sexta-feira. Segundo o serviço da embaixada francesa em Porto Príncipe, 740 crianças haitianas foram adotadas por franceses em 2008 e em 2009, 600 crianças.

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