Filmes brasileiros nas telas do Japão

Reportagem publicada em 28/07/2008 Última atualização 28/07/2008 14:26 TU

A quarta edição do Festival Cinema Brasil em Tóquio, organizado por Edison Mineki, acontece no próximo mês de outubro.
Foto: Pamela Valente

Edison Mineki é um mestiço de japonês com italiana que depois de trabalhar em fábrica, como todo dekassegui que chega ao Japão, se tornou um conhecido produtor cultural.

Mineki já teve programa de rádio, organizou festas e shows brasileiros e, atualmente, prepara a 4ª edição do Festival de Cinema Brasil em Tóquio.

Nascido no "coração", como ele mesmo diz, da Liberdade, bairro japonês em São Paulo, Mineki estudou 6 anos em escola japonesa mas não se limitava a frequentar os programas da colônia. "Ia a  bailes ‘black’, gafieiras e sempre adorei samba. Dou graças a Deus de ter nascido no Brasil", diz ele.

Edison Mineki é o presidente da Tupiniquim, uma produtora cultural que ele criou no Japão há cinco anos para organizar um festival de cinema brasileiro.

Na programação do festival este ano, que se realiza em outubro, estão seis filmes : O cheiro do ralo, Quase dois irmãos, Cafundó, Se eu fosse você, Canta Maria e o documentário Cartola. Todos esses filmes são inéditos no país.

O mercado de cinema no Japão é o segundo maior do mundo, atrás dos Estados Unidos, e Mineki quer que o cinema brasileiro crie seu espaço. "Ainda estamos aprendendo (a identificar) o público de filmes brasileiros, porque ele está começando a se formar agora", afirma Mineki.  

Além da divulgação dos filmes brasileiros, a Tupiniquim também expandiu seus negócios para a área musical, com a criação de um selo que tem um catálogo de mais de 2 mil músicas na internet. A empresa é responsável pelo lançamento de vários artistas brasileiros, entre eles o gaúcho Yamandú Costa. 

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